LAÍS FERREIRA
Cerca de cinco mil servidores da Saúde de Mato Grosso entraram em estado de greve e assembleia permanente a decisão saiu nesta quinta-feira(30). Os trabalhadores são contrários a implementação das Organizações Sociais (OSS’s), pretendida pelo governo, conforme informou a vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos e do Meio Ambiente (Sisma/MT), Aparecida Silva Rodrigues.
“O novo modelo de gestão tem tornado o trabalho nas unidades insustentável, por esse motivo, nesta quarta-feira optamos pelo estado de greve . A decisão foi tomada durante assembleia realizada na sede do Sisma”, complementou.
Aparecida afirma que, desde a implementação do novo modelo de gestão, o Hemocentro - que já foi modelo de referência no trabalho hemoterápico - sofre com a falta de materiais e insumos. Os problemas também afetam os trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência que, segundo a vice-presidente, com a carga horária de 30 horas, não prestam o serviço de forma eficiente à população.
Os servidores pedem a revogação da lei que implementa as Organizações Sociais nas unidades de saúde do estado e querem a gestão pública.
“Queremos sentar com representantes do governo para que possamos fazer todos esses apontamentos. Além disso, quando o governo conseguiu aprovar o modelo de gestão da saúde no estado, por meio da Resolução 007, ninguém sabia ainda do que se tratava. Hoje nós sabemos e não queremos as OSS’s”, disse.
Já a Secretaria de Saúde de Mato Grosso, por meio da assessoria de imprensa, informou que até o momento não foi informada sobre a decisão dos servidores. Segundo a pasta, antes da aprovação das Organizações Sociais foram realizadas inúmeras audiências, além disso, a secretaria recebeu aval do Conselho Estadual de Saúde.