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Cuiabá, 17 de Março de 2025
17 de Março de 2025

19 de Junho de 2013, 19h:18 - A | A

CIDADES / TRANSPORTE COLETIVO

Protesto por melhoria no sistema leva 3 mil às ruas de Cuiabá; veja fotos

Polícia escoltou manifestantes e o protesto tinha apoio da população que estava nos pontos de ônibus e lojas do Centro da cidade

RENAN MARCEL, da redação



Na paz e com bom número de participantes, cerca três mil pessoas, o protesto em defesa da ampliação do passe livre e da redução nas tarifas do transporte público movimentou o fim de tarde cuiabano, nesta quarta-feira (19). Os manifestantes percorreram as principais avenidas da cidade exigindo melhorias no transporte coletivo da Capital e ainda levantaram a voz e os cartazes contra a corrupção.

 

O protesto começou por volta das 17h em frente à Prefeitura, na Praça Alencastro, e passou pelas avenidas Getúlio Vargas, São Sebastião, Isaac Póvoas e Prainha. O encerramento foi também na Praça Alencastro.

 

A maioria dos manifestantes era formada por jovens estudantes, principalmente secundaristas, mas também havia universitários e lideranças de bairros de Cuiabá. Eles foram acompanhados por carro de som e trio elétrico e escoltados pela Polícia Militar e pelos agentes de trânsito, os amarelinhos. Os policiais militares, conforme adiantado pelo RepórterMT (leia aqui), estavam armados apenas com cassetetes.

 

Gritos de ordem

 

Para animar e ditar o tom do protesto, os participantes utilizaram, além dos cartazes vistos nas fotos abaixo, os gritos de ordem que criticavam a situação do transporte coletivo (“É ou não é piada de salão, pagar R$ 2,85 para andar de sucatão?), o preço atual (Mão ao alto! A tarifa é um assalto!!”), a redução de R$ 0,10 na tarifa anunciada recentemente pelo prefeito Mauro Mendes (PSB) (“Eu não sou bobo não, esses dez centavos é enrolação” ou “Dez centavos não me compra”, entre outros).

 

Os estudantes também lançaram mão de canções como “Que país é esse?”, da banda Legião Urbana, e repetiram várias vezes o Hino Nacional. Além disso, os manifestantes incitavam também os que apenas assistiam ao ato, com frases como “Você que está ai parado, também está sendo roubado” ou “Vem! Vem! Vem pra rua você também”.

Já no final da manifestação os gritos mudaram para “Amanhã vai ser maior”, fazendo referência ao próximo ato que deve ocorrer nessa quinta-feira. Na rede social Facebook, quase 35 mil pessoas já confirmaram presença no “2º Ato Contra a Corrupção e a Violência”.

 

Apoio da população

 

A técnica de enfermagem Elizabeth reclama do preço da tarifa de ônibus e apoia o movimento estudantilApesar do transtorno de ter o trânsito bloqueado nas principais avenidas da cidade, a população que assistiu ao manifesto se mostrou bastante receptiva ao ato dos estudantes. O RepórterMT conversou com alguns pedestres que esperavam pelo ônibus na Av. Isaac Povoas e constatou que as reivindicações são defendidas também por quem não fazia parte do protesto, mas utiliza o transporte coletivo.

 

A técnica de enfermagem Elizabete da Silva, de 47 anos, que há 15 minutos esperava no ponto de ônibus, apoiou o manifesto. “A tarifa é muito cara e a qualidade é péssima”, criticou. Questionada sobre a recente diminuição do valor, ela responde que é “insuficiente” e ainda dá o preço: “do jeito que está, no máximo, R$ 1,99”.

Renato pede mais ônibus com ar-condicionado e reclama do valor da passagemRenato Campos, 28 anos, concorda com a profissional de enfermagem e pediu ar-condicionado nos ônibus. “Nosso clima é muito quente, precisa resolver isso”, afirmou. Já a dona Dirce Maria, 43, que preferiu não tirar fotos, disse que não estava ao menos sabendo que o manifesto iria acontecer. “Para mim foi um surpresa. Não estava nem sabendo, mas apoio sim”, afirmou.

 

A funcionária pública Ticiana lembra o movimento das Até quem não faz uso dos coletivos mostrou respeito pelo movimento. A funcionária pública Ticiana Azevedo, 43, teve que parar o carro na Prainha por causa do manifesto. Ela desceu do veículo e apoiou a manifestação. “Eu participei das ‘Diretas Já’. Acredito muito nesses movimentos. Acho sinceramente que vai ter bons resultados esses protestos no Brasil”, disse.




Álbum de fotos

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