LAÍS FERREIRA
A Avenida Miguel Sutil está completamente interditada na altura da Avenida (Dante de Oliveira), antiga Avenida dos Trabalhadores, com a João Gomes Sobrinho, para a construção da maior trincheira da cidade, que terá quase mil metros. Mesmo com todo o transtorno e o trânsito caótico no local, a maioria dos moradores da região e motoristas, ouvidos pelo RepórterMT, apoia a iniciativa. O mesmo não acontece no caso dos comerciantes. Eles alegam que as vendas estão sendo prejudicadas.
Os comerciantes afirmam que a interdição de trechos da Avenida Miguel Sutil, refletiu de forma negativa nas vendas, já que muita gente fica impossibilitada de passar por ali. “Entendo que as obras são necessárias, porém após a interdição dos trechos muitos clientes ficaram impossibilitados de estacionar os veículos em locais próximos da loja”, comentou o comerciante Pedro Maciel, dono da Casa das Embalagens. Segundo ele os lucros reduziram em 30%.
O consultor de vendas, Ricardo Adriano da Silva também reclama da situação. De acordo com o consultor, funcionários dos diversos setores da loja Braslum Comunicação Visual foram remanejados para a prestação de serviços domiciliares.
O encarregado da obra, Francisco Batista dos Santos, afirma que a trincheira terá três fases e ocorrerá de acordo com o cronograma estabelecido pelo consórcio vencedor da licitação. Ele acrescenta ainda que 80 funcionários estão envolvidos na obra sendo responsáveis pela sinalização do local, escavação, entre outros diversos trabalhos. Tais funcionários foram responsáveis pela execução de 200 metros da trincheira até o momento.
Por outro lado, quem não é comerciante comemora a chegada das obras de mobilidade. Mesmo com os transtornos do trânsito, muita gente espera melhorias não imaginadas antes para a Capital. “Não há como negar que o trânsito da cidade está caótico, porém essas obras são necessárias e tendem a refletir significativamente no trânsito”, ressaltou o motorista Ronaldo Inácio da Silva.
O motorista Ermeson Vieira Pimenta comemora a melhoria na infraestrutura da cidade, que hoje. está carente de grandes corredores e apresenta frota superior a 350 mil veículos. 20 anos atrás, a frota era de 100 mil e a malha viária, praticamente a mesma existente hoje. As novas obras tendem a desafogar por alguns anos o tráfego nas ruas. “As obras de mobilidade urbana para a Copa de 2014 contribuirão para a melhoria do trânsito e de toda a infraestrutura da cidade”, comentou.
A trincheira terá 980 metros e fica pronta em 520 dias.