FRANCISCO BORGES
Os médicos que prestam atendimento aos planos de saúde em Mato Grosso paralisarão as atividades nesta quinta-feira (11) como forma de protesto. Em vários Estados o movimento deverá durar até 15 dias, entretanto, em Mato Grosso o movimento durará apenas um dia. Os serviços de urgência e emergência não serão afetados, mas as consultas, mesmo marcadas com meses de antecedência, podem ser reagendadas para depois da interrupção.
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) esclarece que não serão todos os profissionais que irão aderir ao protesto. Os médicos que decidiram fazer parte da paralisação já foram avisados antecipadamente e orientados para não marcarem consultas, bem como, outros procedimentos, para não afetar os usuários dos planos.
Para a próxima segunda feira (15) já há uma reunião marcada, que deverá avaliar e direcionar as ações do movimento. Caso as operadoras dos planos não acatem os pedidos, os médicos prometem estender o prazo de suspenção dos atendimentos.
Reivindicações
A categoria requisita que o valor de cada consulta seja fixado entre R$ 60 e R$ 80 e não R$ 45 como vêm sendo repassado pelos planos aos médicos, reajustando assim o valor em até 50%. O movimento de paralisação de Mato Grosso requer também o fim da pressão das operadoras sobre os profissionais para diminuir o custo dos tratamentos, além de reajuste na tabela de serviços junto com o aumento na mensalidade dos usuários.
Segundo o Conselho Regional de Medicina (CRM-MT), no Estado de Mato Grosso o reajuste da tabela não é feito há cinco anos o que contribuiu para que a classe médica mato-grossense aderisse à paralização. Ainda de acordo com o CRM, o número de usuários afetados em Mato Grosso ultrapassa 100 mil e a paralisação deverá atingir todos os planos de saúde que operam no Estado.