MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
Com cerca de 600 servidores em greve, o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal de Mato Grosso (Sindijufe) repudiou a atitude do presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Edson Bueno, que determinou o corte de ponto daqueles que paralisaram suas atividades desde o dia 18 de agosto, já que os mesmos teriam estado em greve de 29 de abril a 19 de junho deste ano.
O Sindijufe justifica que na greve passada as categorias não receberam o reajuste compensatório da inflação de 2006 a 2012 e como o orçamento da União, para 2015 será fechado até o fim deste mês, devido à eleição para presidente da República, foi necessário declarar greve neste momento.
De acordo com o presidente do Sindijufe, Pedro Aparecido, a paralisação já atinge cerca de 50% dos servidores da Justiça Federal, Tribunal Regional Eleitoral e Tribunal Regional do Trabalho, mas para garantir a conquista da reivindicação irão promover um ato na capital federal.
“Amanhã estaremos em Brasília fazendo um ato para pressionar o presidente do STF (Superior Tribunal de Justiça), ministro Ricardo Lewandowski, para que ele negocie com a Dilma (presidente da República), porque se não tiver acordo inviabiliza qualquer reajuste para o ano que vem. Então além desse ato em Brasília quinta-feira (28), nós vamos participar de uma reunião do comando nacional de greve dos 10 sindicatos que estão em greve para verificar nossa força de até a onde a gente pode ir na greve”, frisou.
Segundo o presidente do Sindijufe, a Justiça Federal tem o maior percentual de adesão à greve, já que 70% dos servidores paralisaram os trabalhos, já no Tribunal Regional do Trabalho, está o menor índice de grevistas, devido ao corte no ponto de pagamento.