LAÍS FERREIRA
A falta de medicamento é problema constante que afeta os cadastrados no Programa da Rede Sus. Um dos remédios é a Insulina Lantus, que está em falta nas prateleiras da Farmácia de Alto Custo de MT há um mês e, somente deverá ser reposta nos próximos 15 dias, conforme informou a Secretaria de Estado da Saúde.
Enquanto não é feita a reposição, os insulino-dependentes sofrem as consequências. Entre eles está a pensionista Sônia Marília Corrêa da Silva. Ela afirma que na última sexta-feira (31) compareceu à Farmácia Alto Custo para pegar seu remédio e foi informada que deveria retornar no dia 6 de setembro.
“Não é a primeira vez que ocorre o problema. Meses atrás a insulina demorou 10 dias para chegar. Em razão dos atrasos, sou obrigada a comprar o medicamento que custa aproximadamente R$110, mas há outras pessoas que infelizmente não tem condições de arcar com os custos”, relata. A insulina é medicamento de uso contínuo e a pessoa pode ter consequências como amputação de membros e perda da visão, caso fique sem medicação.
O médico Celso Vargas explica que diante da situação, os pacientes devem optar por outro medicamento para o caso não complicar. “Muitos pacientes não se adaptam com alguns medicamentos e o médico receita a insulina Lantus, cujos efeitos colaterais são menores. Logo, a utilização de outro remédio representa retrocesso ao paciente”, explica.
A Farmácia de Alto Custo é responsável por disponibilizar total de 265 apresentações, a compra desses medicamentos gera um gasto de R$45 milhões por ano.
PROBLEMA CRÔNICO
No mês de junho, o RepórterMT divulgou matéria relatando a falta de medicamentos que afetava os cadastrados no Programa da Rede Sus. Na época, a composição de Brimodina e Timolol utilizado para o glaucoma não se encontravam nas prateleiras da Farmácia. Outro medicamento era a Insulina Glulisina(Apidra), usada no tratamento de diabetes. O abastecimento das prateleiras somente foi feito um mês após a constatação do problema, conforme informou a Secretaria de Estado da Saúde.
MPE
Nesta terça-feira, a Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Cuiabá instaurou inquérito civil para apurar notícias que apontam a existência de deficiências da farmácia de alto custo do governo em relação ao tratamento de pacientes de esclerose múltipla.
“Recebemos a informação de que pacientes com esclerose múltipla estão tendo dificuldade para receber o medicamento, que estaria em falta na farmácia de alto custo. Vamos colher as informações necessárias e requisitar os documentos técnicos para adoção das medidas adequadas”, explicou o promotor de Justiça.
Segundo Guedes, o Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (IPAS) e a Secretaria de Estado de Saúde serão notificados para prestarem esclarecimentos ao Ministério Público.
hudis rosa da cruz 14/12/2012
infelizmente ate hoje dia 14/12/2012 continua faltando insulina na farmácia de auto custo em cuiàba mt, hoje por exemplo está faltando a insulina lantùs isso e uma vergonha,esse governador e o secretario de saude de cuiaba mt não saber oque e diabetes se não eles não deixaria faltar a insulina.
Patricia Prates 08/10/2012
A nossa saúde esta em estado de alerta, quantos mais terão que morrer, para algo seja feito, somos seres humanos !!!!! Em um estado precário na saúde e nenhum governante toma atitude para que mude esta situação vergonhosa .... lamentável tristeza.
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