MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO
O ex-secretário municipal de Saúde Huark Douglas Correia foi preso na manhã desta terça-feira (18) pela Polícia Judiciária Civil (PJC). Ele é alvo da segunda fase da Operação Sangria, deflagrada pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz). Huark e outras sete pessoas estariam obstruindo as investigações – ele foi preso em uma chácara em Santo Antônio do Leverger.
Além do ex-secretário, foram presos: Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Luciano Correa Ribeiro, Flávio Alexandre Taques da Silva, Fábio Alex Taques Figueiredo e Celita Natalina Liberali. Todos estão sendo levados para a Defaz.
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O grupo teria fraudado contratos das empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e com o Estado.
A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 04 de dezembro, com mandados de busca e apreensão expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que incluíram um escritório de Huark. A polícia identificou que os envolvidos teriam ocultados documentos relativos aos contratos investigados.
No dia 14 de dezembro, um segundo inquérito policial (196/2018) foi instaurado, após a Polícia Civil detectar que os investigados agiam para obstruir o trabalho da Justiça. Entre os acusados estão um gerente de licitação, um coordenador financeiro, parente, e funcionários das empresas prestadoras de serviços médicos hospitalares.
“Destruindo, ocultando, coagindo testemunhas, usando de força política para atrapalhar o levantamento de informações e ainda fazendo pagamentos pendentes com o fim de arredondar documentos para encobrir as fraudes”, disse a delegada titular da Defaz, Maria Alice Barros Martins Amorim.
Segundo as investigações da Defaz, a organização mantém influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para que ao final apenas empresas pertencente a eles (Proclin/Qualycare) possam atuar livremente no mercado, “fazendo o que bem entender, sem serem incomodados, em total prejuízo a população mais carente que depende da saúde pública para sobreviver”.
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