facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 18 de Setembro de 2024
18 de Setembro de 2024

24 de Maio de 2012, 09h:00 - A | A

VARIEDADES / RACISMO

Procuradoria arquiva processo de suspeita de racismo contra Alexandre Pires

FOLHA



A Procuradoria da República em Uberlândia (540 km de BH) arquivou o procedimento que apurava a suspeita de discriminação racial e sexista no clipe "Kong", do cantor Alexandre Pires, que teve a participação do jogador Neymar e do funkeiro Mr. Catra.


Nas imagens, gorilas saem da selva e invadem uma festa à beira da piscina, onde estão mulheres vestidas de biquíni.

>> Clique aqui e participe do grupo de WhatsApp 


Pires, Catra e Neymar aparecem dançando o refrão "É no pelo do macaco que o bicho vai pegar". Em alguns trechos, eles próprios aparecem vestindo roupas de gorila.


Em nota, o órgão federal informou que o procurador responsável pelo caso, Frederico Pellucci, não viu ligação entre o uso da figura do gorila e a associação ao racismo.


"A invocação ao gorila tem mais a ver com a virilidade do que com a negritude", disse Pellucci na nota.


O procedimento que apurava a suspeita de racismo foi instaurado após a Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial, vinculada à Presidência da República, encaminhar denúncia.


A suspeita de conteúdo sexista também foi descartada por Pellucci. Para ele, é comum haver mulheres de biquíni e "letras de música sugestivas" na mídia brasileira e o clipe "Kong" não foge à "rotina a qual nos submetem os meios de comunicação nesse particular", informa a nota.


A Folha entrou em contato com a assessoria de imprensa de Alexandre Pires para ele comentar o caso, mas não recebeu retorno até a publicação deste texto.


A Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial informou que o ouvidor Carlos Alberto Silva Júnior, que fez a denúncia, ainda não foi informado oficialmente da decisão da procuradoria e que só vai se pronunciar após esta comunicação.

Comente esta notícia