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Cuiabá, 12 de Fevereiro de 2025
12 de Fevereiro de 2025

04 de Dezembro de 2018, 08h:49 - A | A

VARIEDADES / AVANÇO NA MEDICINA

Novo curativo acelera 5 vezes mais rápido cicatrização de feridas

Os novos curativos consistem em pequenos eletrodos colocados no local da lesão.

SÓ NOTÍCIA BOA



Engenheiros criaram um curativo que acelera a cicatrização. Com ele, feridas graves, que demoram até duas semanas para sarar, são curadas em apenas 3 dias.

O método, desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison, aproveita a energia gerada pelos movimentos do próprio corpo do paciente para aplicar pulsos elétricos leves no local de uma lesão.

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“Ficamos surpresos ao ver uma taxa de recuperação tão rápida. Suspeitamos que os dispositivos teriam algum efeito, mas a magnitude foi muito maior do que esperávamos”, disse Xudong Wang, professor de ciência e engenharia de materiais da UW-Madison.

A boa nova foi publicada pela revista ACS Nano.

Como

Em contraste com os métodos existentes, o novo curativo é muito mais simples.

“Nosso dispositivo é tão conveniente quanto um band-aid que você coloca em sua pele”, diz Wang.

Os novos curativos consistem em pequenos eletrodos colocados no local da lesão. Eles ficam presos a uma banda, segurando unidades de coleta de energia chamadas nanogeradores, que são enroladas em volta do tronco do usuário.

A expansão e contração natural do tórax do usuário durante a respiração alimentam os nanogeradores, que fornecem pulsos elétricos de baixa intensidade.

“A natureza desses pulsos elétricos é semelhante à maneira como o corpo gera um campo elétrico interno”, diz Wang.

E esses pulsos de baixa potência não prejudicam o tecido saudável, como os dispositivos tradicionais de eletroterapia de alta potência.

Cinco vezes mais rápido

Os pesquisadores mostraram que a exposição de células a pulsos elétricos de alta energia fez com que eles produzissem quase cinco vezes mais espécies reativas de oxigênio – os principais fatores de risco para câncer e envelhecimento celular – do que células expostas a nanogeradores.

Outro benefício para a cura: eles determinaram que pulsos de baixa potência aumentavam a viabilidade de um tipo de célula da pele chamada fibroblastos, e a exposição aos pulsos nanogeradores estimulava os fibroblastos a se alinharem (um passo crucial na cicatrização) e produziam mais compostos bioquímicos crescimento.

“Essas descobertas são muito encorajadoras”, diz o colaborador Weibo Cai, professor de radiologia da UW-Madison. “Mecanismos detalhados ainda precisarão ser elucidados em trabalhos futuros.”

Agora os pesquisadores querem descobrir como os pulsos suaves ajudam na cura.

“Os resultados impressionantes deste estudo representam uma nova e excitante reviravolta na estimulação elétrica para muitos tipos diferentes de lesões, dada a simplicidade do design”, diz Gibson, que irá colaborar com a equipe para confirmar a reprodutibilidade desses resultados.

Preço

Se a equipe for bem-sucedida, os dispositivos podem ajudar a resolver um grande desafio para a medicina moderna – e como os nanogrupos consistem em materiais relativamente comuns, o preço não será um problema.

“Eu não acho que o custo será muito mais do que uma bandagem regular. O dispositivo em si é muito simples e conveniente de fabricar”, diz Wang.

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