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05 de Outubro de 2014, 08h:50 - A | A

VARIEDADES / DESABAFO

Dois anos após Carminha, Adriana Esteves volta à TV em série e fala do casamento: 'Santo Vladimir Brichta'

Atriz de 44 anos, que estará em 'Felizes para sempre' e em novela de Gilberto Braga, diz que é 'mulher apaixonada'

GLOBO



Nos últimos anos, o que Adriana Esteves mais escutou por aí foram perguntas sobre quando ela voltaria à televisão. Afinal, depois do estrondoso sucesso como a Carminha, de “Avenida Brasil” (2012), qual seria o próximo papel da atriz?

A resposta demorou dois anos para aparecer, e veio em dose dupla: além da série “Felizes para sempre”, que estreia em janeiro, ela terá um dos papéis principais em “Babilônia”, trama de Gilberto Braga, João Ximenes Braga e Ricardo Linhares, com previsão para o primeiro semestre de 2015.

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— Aqui no Brasil há algo muito gostoso: você sai do ar numa semana e, na outra, já querem saber quando você volta. Não vejo como cobrança, mas como um carinho. Eu já sou atriz há tanto tempo... Você pisca o olho e lá se vão 25 anos, e personagens fortes como a Catarina, de “O cravo e a rosa", a Sandrinha de “Torre de Babel", a Dalva, de “Dalva e Herivelto”. Aconteceu de o meu próximo trabalho ser cercado de expectativas. Eu estou começando do zero, com todas a expectativas, esperanças e medos — explica ela, aos 44 anos, num dos intervalos da gravação da série, em Brasília.

Durante esse hiato, frisa a atriz, ela ficou longe da TV, mas não da atuação. Participou dos longas “Beleza”, de Jorge Furtado, em que contracena com o marido, Vladimir Brichta; e de outro, com título provisório de “Mundo cão", ao lado de Babu Santana e Lázaro Ramos, ambos com previsão de lançamento no ano que vem. Mas, sim, a vontade de retornar à telinha já era pulsante.

— Embora eu tenha me exercitado, dois anos foram suficientes, passaram rápido, e eu já estava com vontade de voltar — diz. — Esse descanso é até importante para zerar, deixar aquilo que aconteceu naquele lugar e seguir em frente. Estou dando o meu melhor, como em “Avenida Brasil”. Minha dedicação é integral.

O retorno de Adriana teve total influência do diretor Fernando Meirelles, um dos responsáveis por “Felizes para sempre", ao lado de Paulo Morelli, Luciano Moura e Rodrigo Meirelles, da produtora O2.

— Sou megafã do Fernando. E quando ele perguntou se eu queria pensar, eu disse que queria topar. Aceitei no mesmo minuto — empolga-se.

Tanto que, assim que acabarem as gravações, em outubro, ela já começa a preparação para a novela, em novembro.

— Quis muito fazer parte dessa turma, desse projeto. Parece que a gente já está junto há muito tempo, eu já tinha trabalhado com algumas pessoas da equipe, foi um reencontro e a cidade nos inspirou — afirma.

Na série de Euclydes Marinho, uma adaptação da minissérie “Quem ama não mata”, escrita pelo autor e exibida em 1982, Adriana vive Tânia, uma cirurgiã plástica bem-sucedida e extremamente dedicada à profissão. Casada com Hugo (João Miguel) e mãe de Mateus, já adolescente, não planeja ter mais filhos, enquanto o marido acalenta o sonho de ter mais um. A situação se torna drástica quando Hugo descobre que é estéril.

— É um drama familiar, uma questão de casal, uma questão feminina. Envolve todo um questionamento sobre como cada um quer conduzir a vida. O que é escolha, o que é amor — analisa a atriz, contando que consegue entender perfeitamente o drama de sua personagem. — Eu tenho grande facilidade de me por no lugar do outro. Dizer se ela gosta dele ou não é muito difícil. O que une um casal durante 17 anos? Mas que, no momento, eles estão desencontrados, isso estão.

 

O papel vem proporcionando um encontro com seu passado, diz Adriana. Ela conta que sempre teve vontade de ser médica — a profissão do pai — mas acabou enveredando para o lado artístico. Na preparação para Tânia, teve a oportunidade de assistir a cirurgias realizadas pela equipe do cirurgião plástico Volney Pitombo, no Rio.

— Ser médica era um plano, e acho que me dedicaria com bastante afinco, assim como me dedico à carreira artística. Mas nunca imaginei que, agora, estaria presenciando cirurgias. Me bateu uma admiração grande pelos profissionais, e eu vi o quão bacana é você ser mestre do seu ofício.

Outra experiência nova para a atriz foi correr em meio à paisagem de Brasília, em cenas dirigidas por Meirelles, em lugares como o Jardim Botânico e o Parque da Cidade. Na ficção, Tânia é uma exímia corredora, o que exigiu da atriz um preparo físico e muitos, muitos goles de água.

— Meu primeiro dia de gravação foi correr das cinco da manhã às dez da noite — conta, entusiasmada, Adriana, que tem o hábito de correr duas, três vezes por semana e costuma andar para cima e para baixo com um “litrão” de água para se hidratar (“Aliás, no quarto, é bom vocês colocarem um baldinho com água, um paninho molhado", diz ela, brincando: “olha eu bancando a médica").

E, apesar de aparentemente não terem nada demais, as tomadas do diretor deixaram a atriz emocionada.

— Cheguei a Brasília um dia antes das gravações, para me preparar. E quando comecei a correr, às cinco, com essa arquitetura deslumbrante, essa brisa, a bandeira do Brasil no alto, fazendo barulho... Foi emocionante. Especialmente quando passei pela porta do Teatro Nacional, onde já me apresentei por três vezes e considero um lugar importante na minha vida. Foi interessante passar pelo lado de fora, correndo — relembra ela, que não ia à capital do país fazia 11 anos.

RELAÇÃO APAIXONADA

Enquanto Adriana grava em Brasília, a casa da atriz, assim como seus três filhos, ficam sob responsabilidade do marido, Vladimir, e dos pais dela, Paulo e Regina. Na semana desta entrevista, Adriana estava de mudança.

— Moro no mesmo lugar há 16 anos, uma família com três filhos, é muita coisa. E calhou de a mudança inteira ser na semana que estou aqui. Santo Vladimir Brichta. Ele fica me mandando mensagem o tempo todo, com fotos. Engraçado que a organizadora falou para ele que, geralmente numa mudança, o homem arruma um motivo para viajar, e a mulher cuida de tudo. E no caso, eu saí. Mas sou controladora, também mando mensagem o tempo todo — conta ela, agradecendo também ao “Santo Marco Ricca”, pai de Felipe, seu filho mais velho. — Nesse quesito, não posso receber nenhum título de heroína, porque heroína é quem faz tudo sozinha. E eu tenho meus pais que são muito presentes na vida dos netos, e minha equipe que está comigo há anos. Eu tenho que agradecer.

Foi a família que segurou as pontas na reta final de “Avenida Brasil”, por exemplo. Com duas crianças que fazem aniversário em 17 de outubro — Agnes, de 16 anos, do primeiro casamento de Vladimir, e Vicente, de 8, filho do casal — a atriz conta que teve apenas um dia de folga da novela para se dedicar aos preparativos das duas comemorações, no fim de semana seguinte à exibição do último capítulo da trama.

— Tive uma tarde de folga e saí para ajudar Agnes a escolher os vestidos da festa de 15 anos. Ela comemorou no sábado, e o Vicente, no domingo. E foi assim que me despedi de Carminha — relembra.

Ao falar do marido, com quem está desde 2004, Adriana não disfarça a admiração. A atriz diz que concorda com a afirmação do ator Murilo Benício, que chama Vladimir de Clark Kent.

— Ele é o super-homem. Ele faz o “Tapas & beijos", produz e atua na peça “Arte”, em cartaz há três anos, e faz cinema em todas as férias do seriado. Cuida dos filhos e ainda é meu marido, tem que me aguentar... Ele é calmíssimo, mas tem muita energia, dá conta de muita coisa... Que mulher apaixonada, né?

A sintonia do casal não é perceptível apenas na função marido e mulher. Adriana conta que adora trabalhar com o ator. Eles se conheceram atuando em “Coração de estudante”, em 2002. Depois contracenaram novamente em “Kubanacan”, em 2003. Além do longa, o primeiro em que trabalharam juntos, Adriana e Vladmir estrelam, atualmente, um comercial de margarina:

 

— Já fomos amigos, depois namorados. O que difere agora é que somos casados. Mas é uma delícia trabalhar com ele, Vlad é um tremendo ator. Acaba sendo um prazer.

Prazer, ela diz, também experimentará em sua primeira trama de Gilberto Braga. Na história, ela será mãe de Sophie Charlotte. Embora não seja uma vilã na novela, Adriana garante que não teria problema em fazer outra malvada.

— Talvez eu não fizesse do mesmo autor, com a mesma equipe. Mas eu já repeti mocinhas e não vejo problema. Até porque confio de olhos fechados no Gilberto e na equipe.

 

 

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