ANA ADÉLIA JÁCOMO - DA REDAÇÃO
A deputada estadual e vice-presidente da CPI do MT Saúde, Luciane Bezerra (PSB), afirmou nesta sexta-feira (21) que está finalizando algumas inserções que fará no relatório final apresentado pelo presidente da comissão Emanuel Pinheiro (PR). O novo documento será apresentado na próxima terça-feira (25) na Assembleia Legislativa.
Luciane disse que ficou frustrada com o desfecho da CPI. Para ela, o republicano pecou ao não apresentar indiciados e nem sequer apontar o destino do rombo de R$ 21 milhões deixado pelo plano de saúde. A deputada alegou que não poderia detalhar suas conclusões finais ao site, posto que os membros da CPI irão se reunir na próxima segunda-feira (24) para debater internamente as mudanças.
Ela afirmou que, caso Emanuel não aceite seus adendos, ela irá votar em separado e apresentará sozinha a denúncia ao Ministério Público do Estado (MPE). Segundo Luciane, há mais de 10 pessoas apontadas como culpados pelo caos no plano. O presidente pediu que apenas o ex-presidente Gelson Ésio Smorcinski e três sócios das empresas Open Saúde e Saúde Samaritano foram considerados responsáveis pela falência do sistema.
“Uma coisa eu garanto: não vou ‘passar a mão na cabeça’ de ninguém. Vou pedir o indiciamento de mais de 10 pessoas. Não vou alisar ninguém. As considerações do relatório final foram vagas. Queremos saber o que aconteceu com o MT Saúde, o motivo de ter se transformado num caos. Se foi má gestão ou falta de auditoria. O povo quer saber para onde foi o dinheiro e quem são os culpados”, disse ela.
Luciane afirmou que o documento final não elucidou os problemas, apenas apontou soluções para a reestruturação do plano. “O relatório está muito propositivo, com foco na reorganização do MT Saúde. Minhas considerações estão mais investigativas. Na minha opinião, agora, vai ficar completo. Fiz mais de 60 laudas de considerações e isso demonstra que muita coisa ficou de fora”.
Após os membros da CPI entrarem em um acordo sobre o final das investigações, o documento segue para votação em plenário e, em seguida, é apresentado como denúncia ao MP. Caso não haja acordo, Luciane já avisou que irá representar judicialmente mesmo sozinha. “Por mim, serão indiciados criminalmente e não apenas como improbidade administrativa. Porém, sabemos que quem tem o poder de punir é a Justiça”.
Devem ser citados por Luciane o ex-secretário de Administração César Zílio, hoje no comando do MT PAR, e o ex-presidente Yuri Bastos, que foram inocentados pelo relatório de Emanuel Pinheiro.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) instaurou uma Comissão Especial de Auditoria para mensurar o dano e investigar o caso a fundo. Justamente, por isso - após pedido do relator Antonio Joaquim - as contas do plano não foram apreciadas no ano passado.
Paulo Jorge 21/06/2013
E porque após apurado o rombo, os envolvidos(todos), não estão presos.Que Pais e este que os vassalos achacam o dinheiro dos outros, e não acontece nada.
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