MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
Em visita ao site RepórterMT, na manhã desta quinta-feira (29), o senador eleito Wellington Fagundes (PR), que é presidente regional de seu partido, tratou com naturalidade o fato do PR estar ‘dividido’ diante da escolha dos membros da nova Mesa Diretora da Casa, que será definida no dia 1 de fevereiro, domingo, logo após a posse dos deputados.
O senador frisou que considera ser um direito de todos buscarem compor a Mesa, mesmo estando em grupos opostos, como vem ocorrendo com os deputados Mauro Savi (PR), que tenta ser novamente o primeiro-secretário da Casa, e o deputado Emanuel Pinheiro (PR), que se candidatou a presidente, e declarou que sendo o partido com maior número de representantes na Assembleia, cinco deputados, espera que a sigla consiga compor entre as principais ‘posições’ da nova direção.
“Espero que o PR, possa ter um membro na Mesa, ou presidente, ou primeiro-secretário. Principalmente nesse momento, o PR não apoiou a candidatura do Pedro Taques”.
“Eu espero que o PR, por ser o maior partido, possa ter um membro na Mesa, ou presidente, ou primeiro-secretário. Claro que isso é bom para o partido, nós termos um presidente já que aqui, principalmente nesse momento, o PR não apoiou a candidatura do governador Pedro Taques (PDT)”, declarou.
Para Wellington, neste momento, ter a ‘oposição’ no comando do Legislativo Estadual iria possibilitar maior democracia nas decisões que competem ao Estado.
“A presença da oposição é necessária num processo democrático. Não existe processo democrático sem oposição. (...) Mas a eleição é domingo (1) e daqui até lá muita água pode passar debaixo da ponte. E então eu espero que os parlamentares tenham essa maturidade e, claro, ter uma mesa eclética. E como são muitos partidos, que essa mesa possa representar principalmente o equilíbrio de forças entre o parlamento e os poderes”, ressaltou.
"A presença da oposição é necessária num processo democrático. Não existe processo democrático sem oposição".
Sobre uma possível ‘traição’ no processo de escolha dos membros da Mesa, o senador eleito aconselhou aos deputados que ‘amarrem’ suas promessas de apoio, já que a prática costuma ser rotineira nesse tipo de processo.
“Aí é um compromisso individual, que cada um fez. Só tem traição quando alguém fez um compromisso e não cumpre. Agora se tem alguém que construiu algum compromisso, ele tem que apresentar quem recebeu esse compromisso pode cobrar. Então esse processo, ele vai acontecer e do jeito que estou vendo até o dia da eleição pode alguma coisa mudar”, observou.
Ao RepórterMT, Wellington afirmou que não tem usado a presidência do partido para exercer qualquer influência interferindo nas decisões.
“Qualquer parlamentar, de qualquer partido pode lançar, inclusive, uma candidatura avulsa. Ou seja, é direito do parlamentar dentro do parlamento agir dessa forma individual na eleição da Mesa. Então nenhum partido fecha a questão e vai expulsar alguém porque ele resolveu ser candidato”, frisou.
Wellington aproveitou para ressaltar que mesmo sendo o partido com mais representantes na Assembleia Legislativa, o PR não é soberano e lembrou que eleição de Mesa Diretora só se faz com a maioria, disse o senador eleito aconselhando os parlamentares a buscarem apoio.
“Como você percebeu, nenhuma candidatura está sendo partidária. Ela está sendo uma junção de pessoas, de vários partidos nas chapas que se apresentam. Em nenhuma chapa fecharam questão. Então o PR tem cinco parlamentares, mas não tem número suficiente para fazer a maioria. Então precisa conversar com todos. Em eleição de Mesa é assim mesmo, às vezes na última hora as coisas mudam”, pontuou.