FRANCISCO BORGES
DA REDAÇÃO
Os partidos dos três senadores de Mato Grosso, José Medeiros (PSD), Cidinho Santos e Wellington Fagundes (ambos PR) votaram sim à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, aprovada em primeira votação no Senado Federal, na noite desta terça-feira (13), em Brasília.
A promulgação da proposta, que neste segundo turno apresentou um placar favorável de 53 votos sim contra 16, está prevista para ocorrer na quinta-feira (15).
A PEC 55 está entre os temas mais polêmicos dos últimos dias, pois prevê teto de gastos para o Governo Federal por 20 anos e consequentemente a estagnação dos investimentos em áreas prioritárias, que sofrem com falta de recursos, como saúde e educação.
“Todo ano nós gastamos por volta de 6% a mais do que a inflação e isso gera um rombo. Agora chegou a conta e temos que nos organizar”, disse Medeiros.
Medeiros manteve o posicionamento que teve na primeira votação e confirmou seu voto positivo. Em entrevista recente, o socialista argumentou que se não fosse esse “freio” o Brasil perdia as rédeas das finanças, não conseguindo estabilizá-las.
“Todo ano nós gastamos por volta de 6% a mais do que a inflação e isso gera um rombo. Agora chegou a conta e temos que nos organizar”, disse o parlamentar.
Durante a sessão desta terça, Medeiros chegou a bater boca com a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) sobre um possível adiamento na votação. Enquanto a petista queria levar a votação para outra data, o socialista não. O clima chegou a ficar tenso.
“Os investimentos continuam sendo prioridade. Essa PEC vai nos trazer credibilidade estabilidade financeira”, declarou Cidinho.
Após a promulgação da PEC e sua publicação oficial, os investimentos públicos serão limitados à porcentagem da inflação registrada no ano anterior.
Outro que teve praticamente o mesmo entendimento e votou de forma favorável foi Cidinho. Ao o senador disse que existe um entendimento errado da população quanto à questão dos investimentos nas áreas estratégicas.
Segundo ele, saúde e educação continuam sedo prioridades do Governo e que a aprovação é somente o primeiro passo para a volta da estabilidade financeira.
“Os investimentos continuam sendo prioridade. Essa PEC vai nos trazer credibilidade estabilidade financeira”, disse à reportagem.
Fagundes tinha se mostrado favorável à votação da PEC 55 no Senado. Assim como Medeiros, ele disse que seria um retrocesso não colocar um limite de gastos públicos.
Em entrevista, o republicano afirmou que mesmo com a votação as áreas primordiais não ficariam desguarnecidas.
Segundo ele, recursos para programas sociais também serão prioridades, mesmo com a aprovação da PEC.
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