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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

30 de Novembro de 2016, 08h:45 - A | A

POLÍTICA / "TETO DE GASTOS"

Senadores de Mato Grosso votaram sim por 'congelamento nacional'

José Medeiros (PSD), Cidinho Santos (PR) e Wellington Fagundes (PR) foram favoráveis à medida que congela o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos. A aprovação ocorreu na noite desta terça-feira por 61 votos a 14.

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



Os três senadores por Mato Grosso, Wellington Fagundes (PR), José Medeiros (PSD) e Cidinho Santos (PR) votaram a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 55), que congela o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos.

A medida foi aprovada, em primeiro turno, na noite de terça-feira (29), pelo congresso, com 61 votos a favor e 14 contra, porém, sob forte resistência de estudantes e ativistas políticos, que segundo a base aliada do Governo teriam sido convocados por partidos de oposição.

Na última segunda-feira (21), o senador José Medeiros já sinalizava que seria favorável à PEC. Ele afirma que a proposta que cria teto de gastos para o Governo vai ajudar o Brasil a voltar a crescer e reconquistar a confiança internacional.

“Com todo o respeito aos colegas da oposição, é um discurso, uma retórica para poder ganhar o eleitor que eles perderam, criando uma falsa verdade, e isso me entristece muito. Acredito que nós temos que trabalhar pelo bem do Brasil”, disse Cidinho.

Medeiros garante ainda que a proposta não vai diminuir os recursos para educação e saúde, mas sim impedir que os gastos totais do governo cresçam mais que a inflação, o que evitaria aumento de impostos.

“Alguns perguntaram hoje aqui por que a pressa da PEC. Por que tanta pressa? Porque nós não temos tempo. Quebraram o Brasil gastando, gastando e gastando”, disse o senador.

O republicano Wellington Fagundes fez questão de destacar que “nem sempre ter mais dinheiro representa uma melhoria de vida para a população”. Citou como exemplo o Rio de Janeiro que teve a oportunidade de receber grandes somas de recursos por causa dos royalties da extração de petróleo e ainda assim não registraram avanços.

“Sempre sobra menos dinheiro porque se gasta com o peso da máquina. A cada dia gastam mais dinheiro por conta da invenção de regras burocráticas, e aí não sobra dinheiro para atender o cidadão. Eu sempre tenho dito que quem está em um posto de saúde, com seu filho na fila de espera de um atendimento médico tem pressa. Quem está em uma estrada esburacada tem pressa e quer o resultado do recurso que ele pagou de imposto. Isso é o suor do seu trabalho”, finalizou o senador.

Cidinho, outro senador de Mato Grosso que votou a favor da medida que limita os gastos públicos, garante que setores importantes, como saúde e educação, por serem essenciais, não perderão recursos.

“Com todo o respeito aos colegas da oposição, é um discurso, uma retórica para poder ganhar o eleitor que eles perderam, criando uma falsa verdade, e isso me entristece muito. Acredito que nós temos que trabalhar pelo bem do Brasil”, disse Cidinho.

“Sempre sobra menos dinheiro porque se gasta com o peso da máquina. A cada dia gastam mais dinheiro por conta da invenção de regras burocráticas, e aí não sobra dinheiro para atender o cidadão", Wellington Fagundes.

PROTESTOS

Enquanto senadores da base aliada do Governo Michel Temer (PMDB) discursavam sobre a importância da aprovação da medida, do lado de fora do Congresso, à tensão só aumentava.

Um protesto de estudantes e ativistas políticos contrários à proposta destruiam placas de trânsito e de identificação de ministérios. Os vândalos arrancaram luminárias, danificaram orelhões, caixas dos Correios e grades. Carros foram queimados.

O ato, de acordo com a Polícia Militar, reuniu cerca de 10 mil pessoas e durou seis horas. Pelo menos quatro homens foram detidos – dois estavam com rojões na mochila. 

"Quebraram o Brasil gastando, gastando e gastando”, disse Medeiros.

Em Mato Grosso, alunos e professores da Universidade Federal de Mato Grosso continuam com suas atividades paralisadas. Várias categorias públicas, além de sindicatos também organizam um protesto no Centro de Cuiabá, neste domingo (4), com o objetivo de evitar que a PEC 55 (ex-241) seja aprovada em segundo turno e sancionada pelo presidente da República.

 

 

VOTARAM A FAVOR DA PROPOSTA:

PMDB (16)
Dário Berger (SC)
Edison Lobão (MA)
Eduardo Braga (AM)
Eunício Oliveira (CE)
Garibadi Alves Filho (RN)
Hélio José (DF)
Jader Barbalho (PA)
João Alberto (MA)
José Maranhão (PB)
Marta Suplicy (SP)
Raimundo Lira (PB)
Romero Jucá (RR)
Rose de Freitas (ES)
Simone Tebet (MS)
Valdir Raupp (RO)
Waldemir Moka (MS)

PSDB (12)
Aécio Neves (MG)
Aloysio Nunes (SP)
Antonio Anastasia (MG)
Ataídes Oliveira (TO)
Dalírio Beber (SC)
Deca (PB)
Flexa Ribeiro (PA)
José Anibal (SP)
Paulo Bauer (SC)
Pinto Itamaraty (MA)
Ricardo Ferraço (ES)
Tasso Jereissati (CE)

PP (7)
Ana Amélia (RS)
Benedito de Lira (AL)
Ciro Nogueira (PI)
Gladson Cameli (AC)
Ivo Cassol (RO)
Roberto Muniz (BA)
Wilder Morais (GO)

PSD (4)
José Medeiros (MT)
Omar Aziz (AM)
Otto Alencar (BA)
Sérgio Petecão (AC)

PR (4)
Cidinho Santos (MT)
Magno Malta (ES)
Vicentinho Alves (TO)
Wellington Fagundes (MT)

DEM (3)
Davi Alcolumbre (AP)
José Agripino Maia (RN)
Ronaldo Caiado (GO)

PSB (3)
Antônio Carlos Valadares (SE)
Fernando Coelho (PE)
Lúcia Vânia (GO)

PTB (3)
Armando Monteiro (PE)
Elmano Férrer (PI)
Zezé Perrella (MG)

PSC (2)
Eduardo Amorim (SE)
Pedro Chaves (MS)

PDT (2)
Lasier Martins (RS)
Pastor Valadares (RO)

PV
Álvaro Dias (PR)

PRB
Marcello Crivella (RJ)

PPS
Cristovam Buarque (DF)

PTC
Fernando Collor (AL)

Sem partido
Reguffe (DF)

VOTARAM CONTRA A PROPOSTA:

PMDB
Kátia Abreu (TO)

PT (9)
Ângela Portela (RR)
Fátima Bezerra (RN)
Gleisi Hoffmann (PR)
Humberto Costa (PE)
José Pimentel (CE)
Lindbergh Farias (RJ)
Paulo Paim (RS)
Paulo Rocha (PA)
Regina Sousa (PI)

PSB (2)
João Capiberibe (SE)
Lídice da Mata (BA)

Rede
Randolfe Rodrigues (AP)

PC do B
Vanessa Grazziotin (AM)

Álbum de fotos

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Selma 30/11/2016

É interessante fazer medidas para diminuir gastos, Mas desde que isto não venha a prejudicar a população. Mas, o problema é que congelam os gastos públicos que são direcionados à saúde à educação e outros, Mas não se cogita a ideia de congelar seus próprios salários e tantos benefícios que possuem. Não são os gastos públicos que estão afundando o país É o alto custo com salários e benefícios aos políticos deste país é a roubalheira sem medida é a falta de moral de ética e de respeito por parte de nossos representantes.

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1 comentários

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