RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
O secretário estadual de Cidades, Wilson Santos (PSDB), afirmou, em entrevista ao , que não terá nenhuma dificuldade no relacionamento com o futuro prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB).
“Se ele me chamar para almoçar, estarei pronto. Se não chamar, a gente fica de jejum”, disse Wilson, de forma descontraída, ao falar, pela primeira vez, sobre a acirrada disputa eleitoral pela Prefeitura de Cuiabá.
A disputa, no segundo turno, em outubro passado, se transformou em uma verdadeira “batalha jurídica”, em razão de série de denúncias, feitas de ambas as partes.
O tucano acredita que não vai encontrar dificuldades para manter um relacionamento institucional com o futuro, a partir de janeiro de 2017, e lembrou que já reconheceu a derrota para o adversário.
O secretário observou que, mesmo que a amizade de longos anos e iniciada quando ambos eram vereadores por Cuiabá não restabeleça, ele estará à disposição para ajudar na administração do “ex-amigo”.
“Ele (Emanuel) é quem vai decidir qual tipo de relação quer, a institucional está pronta. Eu tenho o dever e a obrigação de reconhecê-lo como prefeito eleito. Vou ajudar naquilo que ele e a Prefeitura necessitarem da Secid. Claro, dentro das nossas limitações”, disse.
Limites
Na terça-feira (29), no programa da "Band – O Livre, o prefeito eleito, Emanuel Pinheiro disse que disputou a eleição com um dos seus melhores amigos, mas tudo tem limite.
“O Wilson levou essa campanha com tanta mentira e armação, e tentou atingir a reputação da minha família. Eu não quero encontrar com ele, neste momento”, disse o peemedebista.
Em seguida, completou: “E olha que sou um homem preparado para tudo. Acho que gostava muito dele. O Wilson demonstrou ser um homem sem limite, que faz tudo para chegar ao Poder”.
Emanuel lembrou ainda que tinha um "pacto" com Wilson, desde a época em que eram vereadores, de que, se em algum momento viessem disputar a Prefeitura de Cuiabá, iriam preservar um ao outro.
Ele revelou que, recentemente, deixou de participar de um jantar político para evitar um encontro com o tucano.
“O governador me convidou para um jantar com os deputados, para tratar de algumas mudanças que ele precisa fazer na gestão. Quando eu soube que o Wilson estava lá, eu não fui. Isso nunca aconteceu na minha vida pública”, contou.
Sem conflitos
O secretário de Cidades e o futuro prefeito da Capital, apesar do distanciamento, deverão ter uma agenda conjunta a partir do ano que vem.
Na avaliação do analista político Alfredo da Mota Menezes, a relação entre ambos não deve ser tão conflitante.
“Os dois são políticos de muitos anos. Eles sabem que, no fragor da disputa, apesar dessa ter sido ‘brava’, tem coisas e coisas. Mas, se eles são políticos, não vão ficar com essa mágoa eternamente. Não é da tradição da classe política”, disse.
Menezes observou ainda que a indicação de Wilson Santos para uma das pastas mais importantes do Governo do Estado pode, na verdade, vai aproximar os dois políticos.
“Não vejo um querendo prejudicar o outro. Está todo mundo de olho na Capital”, disse.
O analista disse que a população não deve estranhar, caso veja Wilson e Emanuel juntos na midia.
“Pode ser que, daqui uns dias, vamos ver os dois abraçados. Não sei se isso será traduzido em mais recursos e obras, mas não serão inimigos por isso”, completou Menezes.
Carlos 04/12/2016
Todos safados
Jose 04/12/2016
Se manuel aceitar, quem não vale nads é ele, tudo safado, engana o povo
Alberto 04/12/2016
De preferência, pizza no cardápio.
3 comentários