ABDALLA ZAROUR
DA REDAÇÃO
Primeiro de janeiro de 2015 é uma daquelas datas para ficar na memória política de Mato Grosso. É nesse dia que ocorrerá a mudança de governo.
Após 12 anos, o atual grupo que hoje comanda o Palácio Paiaguás deixa o Executivo, que passa a ser comandado por um novato na política de nosso Estado.
Senador por quatro anos, Pedro Taques (PDT) ganhou o pleito de 5 de outubro de 2014 com mais de 833 mil votos contra o adversário de Silval Barbosa (PMDB), Lúdio Cabral (PT).
Para passar a assumir o governo, Taques precisou ser diplomado pelo Tribunal Regional Eleitoral de MT no dia 19 de dezembro, última sexta-feira.
A diplomação é importante porque é uma espécie de passaporte para a posse de governador. E nesse detalhe que a situação é especial.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva (PSD), será o encarregado de dar posse ao José Pedro de Taques (PDT). A cena promete emoção, já que os dois não têm relações cordiais.
Desafetos há mais de 10 anos, quando Taques ainda era procurador da República no estado, a relação entre ambos está cada vez mais estremecida.
O último capítulo rancoroso entre os dois aconteceu com a possibilidade de Janete Riva, esposa de Riva, ser indicada para ser conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O Ministério Público do Estado entrou com duas ações na Justiça e conseguiu suspender a indicação dela para o TCE.
Porém, Taques foi mais além, foi opinativo na situação e classificou a indicação dela pela Assembleia Legislativa como ‘absurda’.
A indicação de Janete passou a ser uma incógnita, já que o tempo passa a ser o pior inimigo para o êxito de José Riva.
Ele só teria 9 dias para conseguir tal fato, porque dia 1 de janeiro de 2015, quando ele dará posse a Pedro Taques, o novo governador já deixou claro que ela não vai ser conselheira.