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Cuiabá, 14 de Setembro de 2025
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19 de Agosto de 2016, 16h:51 - A | A

POLÍTICA / CPI DAS OSSs

Relatório que aponta falhas gravíssimas segue para votação em Plenário

Com a aprovação do relatório pelos parlamentares, a Mesa Diretora deve encaminhar cópias do documento para o Ministério Público do Estado (MPE), ao Tribunal de Contas do Estado – TCE, ao Executivo estadual e ao Tribunal de Justiça. Para tomarem as provid

DA REDAÇÃO



Os deputados devem analisar, na sessão ordinária da próxima quarta-feira (24), o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito das Organizações Sociais de Saúde – mais conhecida como CPI das OSS. Os trabalhos da CPI duraram pouco mais de 15 meses.

“Temos um diagnóstico dos sete hospitais regionais que foram e ainda são geridos pelas OSS. Apontamentos gravíssimos foram levantados e vamos mostrá-los aos órgãos competentes, para devidas providências", disse o presidente da CPI.

O documento foi entregue pelo relator da CPI, deputado Emanuel Pinheiro (PMDB), na última quarta-feira (17). O relatório, aprovado pelos membros da comissão, tem mil páginas e mais de 100 arquivos digitalizados.

“Temos um diagnóstico dos sete hospitais regionais que foram e ainda são geridos pelas OSS. Apontamentos gravíssimos foram levantados e vamos mostrá-los aos órgãos competentes, para devidas providências, pois a finalidade desta CPI é propor medidas e cobrá-las, mas, quem pune não somos nós”, explicou o deputado Dr. Leonardo, que preside a CPI. 

Para o deputado, a lei que regulamenta as OSS em Mato Grosso foi “capenga e falha”, tanto na normativa quanto na fiscalização e controle interno. Segundo ele, não havia critérios para os pagamentos realizados às Organizações Sociais e muitos eram feitos por apadrinhamento político. Uma nova lei foi encaminhada a Assembleia Legislativa e, para garantir a legitimidade da mesma, Dr. Leonardo acrescentou 12 emendas. O presidente informou também, que a CPI vai propor ao Poder Executivo um novo modelo de gestão.

“Apesar de eu ser a favor da administração direta, respeito a decisão do governo, mas, como presidente desta CPI e médico de profissão, não poderia me eximir dessa discussão. Aparentemente será um modelo misto. Nas unidades que deram certo, permanecem as OSS, em outros locais, Consórcios. Mas, independente do modelo a ser adotado, defendemos que o controle dos gastos e a fiscalização dos trabalhos sejam feitos com mais rigidez, pois, podemos implantar o melhor modelo do mundo, mas, se não houver controle, fiscalização, auditoria e avaliação mais célere, não vai funcionar”, ressaltou.

Na próxima semana, depois de o relatório ser analisado em Plenário, de acordo com a assessoria do presidente da CPI, Dr. Leonardo, a comissão vai realizar uma coletiva de imprensa. A data e o horário ainda não foram definidos.

Com a aprovação do relatório pelos parlamentares, a Mesa Diretora deve encaminhar cópias do documento para o Ministério Público do Estado (MPE), ao Tribunal de Contas do Estado – TCE, ao Executivo estadual e ao Tribunal de Justiça. Para tomarem as providências apontadas pelo relatório.  

Nesse período de investigação, a comissão realizou mais de dez oitavas, ouvindo dirigentes das OSSs e servidores públicos do Estado, principalmente, os lotados na pasta da Saúde.  Além disso, os técnicos da comissão estiveram "in loco" nos sete hospitais regionais para verificar as condições administravas e operacionais dos hospitais administrados pelas OSSs.

 

A CPI foi constituída pelo Ato nº 002, de 20 de março de 2015, com a finalidade de investigar e apurar a situação das OSS que atuam na área da saúde pública estadual. Além disso, a comissão investigou os atrasos nos repasses dos recursos financeiros desta área para os municípios. 

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