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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
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03 de Janeiro de 2017, 10h:00 - A | A

POLÍTICA / NÃO PRESTOU CONTAS

Relatório de intervenção vai apresentar situação da Prefeitura de Chapada dos Guimarães

A gestão anterior não prestou contas do exercício de 2015, o que levou o TCE a representar a necessidade de intervenção pelo Governo do Estado

DA REDAÇÃO



Os trabalhos dos 15 dias de intervenção do Governo de Mato Grosso em Chapada dos Guimarães serão consolidados em relatório, que será entregue à prefeita Thelma de Oliveira (PSDB), até a sexta-feira (06). 

“A intervenção não fez juízo se o dinheiro público foi aplicado corretamente ou não. Limitou-se à demonstração do uso dos recursos públicos a fim de dar transparência à prestação de contas”, disse o interventor.

A intervenção encerrou no dia 31 de dezembro. O documento será remetido pelo então interventor nomeado, Ciro Rodolpho Gonçalves (titular da CGE-MT), ao governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), à Câmara Municipal e à prefeita.

Caberá ao governador submeter o relatório ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para os devidos encaminhamentos. O interventor transmitiu o cargo neste domingo (01) para Thelma de Oliveira.

A intervenção foi determinada no Decreto Estadual 770/2016 porque o Tribunal de Contas do Estado (TCE) representou ao governador que a gestão passada do Município não concluiu a prestação de contas do exercício de 2015, o que ensejou a emissão de parecer prévio negativo.  

Durante os trabalhos, a equipe de intervenção conseguiu arrecadar o balanço anual consolidado e seus anexos.

“Até então, nenhum balancete mensal de 2016 havia sido entregue ao TCE e à Câmara de Vereadores, e tão pouco publicados os relatórios impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, declarou Ciro Gonçalves.

 

“A intervenção não fez juízo se o dinheiro público foi aplicado corretamente ou não. Limitou-se à demonstração do uso dos recursos públicos a fim de dar transparência à prestação de contas”, disse o interventor.

Ainda no sentido de proporcionar transparência das condições fiscais do município, a equipe da CGE-MT também se dedicou aos dados de 2016.

“Até então, nenhum balancete mensal de 2016 havia sido entregue ao TCE e à Câmara de Vereadores, e tão pouco publicados os relatórios impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, declarou Ciro Gonçalves.

Durante os 15 dias de intervenção, foi garantida a continuidade de serviços essenciais, como abastecimento da farmácia do Hospital Municipal Dom Osvaldo, coleta de lixo e limpeza urbana. Também foram restabelecidos os trabalhos de transição de gestão, com base na Resolução n. 19/2016-TCE.

Responsabilização

Quanto à apuração de responsabilidades pela não entrega da prestação de contas de 2015, missão também contida no decreto interventivo, a equipe da CGE verificou que a Prefeitura, de fato, teve dificuldades para enviar a documentação ao TCE via Sistema Integrado de Gestão Pública (Sigesp), solução gratuita de informática disponibilizada em caráter piloto a três municípios, dentre eles Chapada dos Guimarães.

Diante da deficiência técnica do município para apresentar suas contas por meio eletrônico, o TCE orientou a Prefeitura, em reiteradas notificações, a entregar a documentação ainda que em meio físico, o que não aconteceu.

Levantamentos da intervenção revelaram que o município possuía, inclusive, contrato com uma empresa de consultoria para assessoramento das prestações de contas e que, conforme indícios, houve remuneração à contratada, mas sem a prestação eficiente do serviço.

Todos esses fatos serão relatados ao TCE, órgão ao qual caberá conduzir eventual processo legal de responsabilização de gestores, servidores e empresa, com a devida garantia do contraditório e da ampla defesa. 

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