PSD solicita que Janaína Riva não faça parte da CPI do VLT; deputada acata

ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO

Após ter sua participação questionada na CPI que vai investigar as irregularidades do VLT, a deputada estadual Janaína Riva (PSD) declarou que não irá ocupar a equipe que vai averiguar as obras atrasadas do modal. A decisão partiu do PSD, que solicitou sua saída. A sigla está sendo liderada pelo deputado estadual Gilmar Fabris.

A decisão ocorre porque a social-democrata é filha do ex-deputado estadual José Riva (PSD), um dos maiores defensores da compra bilionária feita pelo Estado e que está preso preventivamente há 20 dias por, supostamente, ter liderado um esquema de corrupção na Assembleia que desviou mais de R$  60 milhões do erário.

Fortemente criticada pelo deputado Perri Taborelli na sessão plenária desta quarta-feira (12), ela teve sua idoneidade questionada pelo parlamentar, que afirmou acreditar que Janaína poderia querer direcionar a CPI na tentativa de blindar o pai.

"Eu já tinha dito na reunião da comissão que se minha presença causasse algum constrangimento à Casa eu abriria mão. E recebi com surpresa esse pronunciamento do Taborelli cheio de agressões pessoais. O único interesse que eu tenho é de esclarecer as coisas. O que me assusta é um pronunciamento cheio de ataques", disse ela.

A assessoria de imprensa da deputada enviou à redação o discurso completo feito pela deputado na tribuna da Assembleia, onde explica sua saída da CPI e rebate os ataques de Taborelli. 

O VLT foi orçado em R$ 1,477 bilhão, dos quais R$ 1.066 bilhão já foi pago pelo Governo do Estado, sendo que nenhum trecho do modal foi inaugurado. O Consórcio ainda reivindica mais R$ 800 milhões para finalizar o empreendimento.

A CPI do VLT será composta pelos seguintes deputados: Oscar Bezerra (PSB); coronel Pery Taborellli; Mauro Savi (PR) e Silvano Amaral (PMDB). Já os suplentes  são Wagner Ramos (PR), Wilson Santos(PSDB), Emanuel Pnheiro (PR) e Pedro Satéllite (PSD). A função de cada um deles ainda será definida.