MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
Eduardo Mahon declarou em entrevista aos jornalistas, logo após estar com o vereador João Emanuel (PSD), preso na manhã desta quarta-feira (26) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na sede da Polinter, que a prisão do cliente dele seria uma ação política, com o objetivo de constranger e levar o vereador a renunciar seu mandado. Eduardo Mahon denominou a ação do Gaeco como um ‘massacre de imagem’ e afirmou que a hipótese de João Emanuel deixar a Câmara de Cuiabá está descartada.
“Essa é uma forma de constranger uma pessoa a tomar uma atitude que seja de uma renúncia. O que nós não vamos tomar. Nós vamos resistir ao Ministério Público sempre de uma maneira elegante. Nós vamos resistir e repetir várias vezes isso é o desequilíbrio da democracia, massacre de imagem! Nós vamos repetir várias vezes isso. Eles [MPE]têm essa tática, têm essa técnica e isso é covardia.”, declarou o advogado.
Agora, o advogado Eduardo Mahon diz que há um outro vídeo que comprovaria uma ‘armação’ para incriminar João Emanuel quanto ao envolvimento em um esquema de grilagem de terrenos.
De acordo com o advogado, o vídeo também faz parte do processo de investigação do Ministério Público, que só foi ‘descoberto’ por ele quatro meses após ter ‘vazado’ na mídia um vídeo, usado como principal prova do Gaeco, em que João Emanuel explicava como fraudar o processo de licitação da Câmara Municipal.
Em entrevista ao RepórterMT, Eduardo Mahon alegou que pensou que quando recebeu as provas repassadas pelo Gaeco, haviam dois DVD’s, mas pensou que um vídeo fosse cópia do outro, somente há um mês atrás verificou que eram materiais diferentes.
O advogado declarou que o material foi entregue à Comissão de Ética e Decoro da Câmara Municipal, que investiga a conduta do vereador e apresentado por ele à juíza Selma Rozane Arruda, da Vara especializada Contra o Crime Organizado de Cuiabá, que decretou a prisão de João Emanuel nesta quarta.
VÍDEO ABAIXO, MOSTRA ENTREVISTA DE EDUARDO MAHON APÓS PRISÃO DE JOÃO EMANUEL
HABEAS CORPUS
A defesa do vereador ressaltou que pretende protocolar, ainda nesta quarta, um habeas corpus para que o vereador seja solto o mais rápido possível.
Contudo o advogado afirma que acredita que a prisão de João Emanuel não se prolongue. Caso contrário ele pode pedir para que seu cliente, que é advogado e têm direito a uma instalação diferenciada, seja transferido para a sede do Corpo de Bombeiros.
INSTALAÇÕES DE JOÃO EMANUEL
O advogado que esteve com o vereador após sua prisão, afirma que seu cliente se mantém sereno. De acordo com Eduardo Mahon, o vereador, que agora divide cela com o ex-deputado federal Pedro Henry, não apresentou nenhuma resistência à prisão.
Mahon afirma que não foi solicitado nenhum tipo de tratamento diferenciado para João Emanuel. Após ser preso, o vereador, entregou seus pertences pessoais, ficando apenas com alguns remédios controlados. João Emanuel almoçou uma marmita fornecida pelo anexo da Penitenciária Central do Estado. Nesta quarta ele também poderá receber visitas da família e advogados, já que os encontros são permitidos pela instituição todas as quartas-feiras e aos domingos.
aninha cpa 27/03/2014
Nos casos em que se trata de pessoa pública eleita pelo povo, como é o caso do Sr.Veredor João Emanuel, que publicamente traiu os votos e expectativas concedidas democraticamente pela população cuiabana, não há se falar em desprezo da opinião pública, nem tampouco em isenção. A situação é de envolvimento de toda população, de todo cidadão, de todo homem e mulher que verdadeiramente quer uma cidade melhor, e um Brasil melhor para nós e para nossos filhos, a publicidade dos erros do Sr.Vereador não nos deixa brechas para isenção ou dúvidas. É certo que a Constituição diz que todos tem o direito ao contraditório e a ampla defesa, mas infelizmente Dr.Mahon dessa vez o Sr. escolheu o LADO ERRADO! Já se perguntou de onde vem o dinheiro dos seus caros honorários? #ficadica
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