JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, major Wanderson Nunes Siqueira, classificou a proposta apresentada pelo governador Silval Barbosa (PMDB) a classe como razoável para bom. A promessa visa aumentar salários e reestruturar as duas corporações. O major ainda explicou que se a classe aceitar a nova proposta do governo, todos os benefícios seriam aplicados ainda neste ano.
No entanto, Wanderson lembrou que o documento, com todas as melhorias, será votado em uma assembleia geral nesta terça-feira (10), às 14h, no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá.“A proposta ainda vai ser votada, caso a maioria não aceite, vamos continuar com nossa luta, que é garantir uma melhoria para os servidores destas duas corporações, que estão sem uma atenção das autoridades há muito tempo”, destacou.
Segundo Wanderson, caso a classe não acate as propostas, existe a possibilidade dos policiais e bombeiros entrarem em greve ou trabalharem em aquartelamento (quando não saem dos batalhões) durante a Copa do Mundo.
PREVENÇÃO
Podendo assim prever uma possível greve das corporações, o secretário Estadual de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, destacou que mesmo com a possível paralisação dos policiais, o efetivo da Força Nacional de Segurança, composta por policiais militares de todo o território brasileiro, seria o suficiente para dar toda a segurança aos turistas e mato-grossenses durante a Copa.
Segundo Bustamante, os 162 homens são treinados para trabalhar como ‘choque’ e rondas ostensivas, além de fazer rotas protocolares.
MEDO DA GREVE
O medo da greve vem deixando comerciantes da capital com medo. O anseio dos lojistas é que seus estabelecimentos sejam alvo de saqueadores, como ocorreu em outros estados, quando a Polícia Militar decretou a paralisação. Em um vídeo publicado na internet, uma empresa de venda de eletrodomésticos de Pernambuco (PE) foi saqueada por mais de 20 pessoas, tendo um prejuízo enorme.
Sobre isso, o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), chegou de dar uma entrevista ao RepórterMT, afirmando que caso a corporação entre mesmo em greve, teria que atender a exigência da Lei e manter nas ruas o máximo do quadro efetivo, que a Justiça estabelecer.
Ibrahim Ibrahim 10/06/2014
Em nenhum momento na história do Brasil, algum governante teve boa vontade e interesse político em atender as reivindicações da classe policial militar e dos bombeiros militares por mais justas que fossem. Não seria diferente em Mato Grosso, certamente. O que temos na prática é o tradicional jogo de empurra, como se diz, quando se protela ao máximo alguma decisão governamental que já deveria ter sido tomada há muito tempo. Assim, enquanto isto, os policiais militares ficam relegados ao esquecimento, suas vidas e de suas famílias ficam relegadas ao esquecimento, para ser mais específico. Isto é INADMISSÍVEL, não pode ser aceito de forma alguma. Por outro lado, a PM e Bombeiros estão compartilhando um momento histórico, pois NUNCA ocorreu na história de MT o momento de UNIÃO de praças e oficiais focando um objetivo comum para todos da corporação, como é visto agora. Pela primeira vez todos unidos, todas as associações representativas juntas no embate unificado para vencer a desídia, a falta de interesse, o descaso e o esquecimento seculares que todos os governantes fizeram questão de manter em desfavor da PM e Bombeiros neste Estado. Os PMs e Bombeiros são bravos cumpridores da Lei, mas a recíproca dos gestores públicos não é verdadeira, visto que protelam, desvirtuam as normas a seu favor e usam a pouca autoridade moral que lhes resta para impedir o que é de merecimento e direito dos PMs e Bombeiros, enquanto isto concedem vantagens salariais para outros segmentos do funcionalismo de MT, não se lembrando propositadamente do merecimento incontestável das corporações. Creio que a presente passagem vivenciada pelas corporações, pode ser considerada como um marco histórico para a sesquicentenária instituição militar, pois é o momento em que todos, sem distinção de posto ou graduação, exercitam o significado da unidade de objetivos, do real e benéfico espírito de corpo que tanto se apregoa na caserna, todos historicamente perfilados na luta por um foco único, sem divisões internas, diferentemente do que sempre acontecia, com praças e oficiais desligados do objetivo e geralmente em posições antagônicas, injustificadamente, criando uma divisão interna que enfraquece qualquer luta, divisão esta que era a satisfação de quem estava no poder, dentro da ótica de que é melhor dividir para reinar e era o que sempre acontecia com as corporações. Agora não temos isto, a união é a palavra chave do sucesso e o ponto principal da pressão que precisa ser feita sobre quem governa, pois com unidade e espírito de corpo não há como prosperarem o desinteresse e a evidente má vontade dos governantes. O caminho é este, sempre este, todos iguais na luta, pois a bandeira é comum, hoje, após mais de século, as corporações descobriram a força impactante que possuem para exigir o que é de direito e merecimento, sempre avante e unidos, assim vocês vencerão, NUNCA duvidem disto. NOBRE A MISSÃO DE SEGURANÇA!
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