DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O ex-deputado estadual Wagner Ramos (União), o ex-presidente da Companhia Mato-Grossense de Mineração (Metamat), Juliano Jorge Boraczynski e o diretor técnico Francisco Holanildo Silva Lima, foram alguns dos alvos da Operação Poço Sem Fundo deflagrada pela Delegacia de Combate a Corrupção (Deccor), na manhã desta quinta-feira (08), que apura um esquema que desviou R$ 22 milhões da estatal.
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As investigações começaram após uma denúncia feita pelo Governo do Estado. No levantamento, foi apontado que as irregularidades eram cometidas desde 2020.
O esquema consistia na contratação de empresa para a construção dos poços artesianos, entretanto a obra não era realizada.
De acordo com a autoridade policial, foram identificados poços que teriam sido construídos dentro de propriedades particulares, áreas de pastagens e plantações, garimpos e até dentro de uma granja, além de outros em áreas urbanas, em completo desvio ao objetivo de atender às comunidades rurais.
A reportagem apurou que atualmente, Juliano, que é irmão do ex-deputado Romoaldo Júnior (falecido em março de 2024), atua como servidor comissionado da Assembleia Legislativa, com um salário de R$ 10,4 mil.
Ele e os demais investigados foram alvos de mandados de busca e apreensão e sequestro de bens. Ao todo, foram expedidas 158 ordens judiciais.
Além disso, foram determinados o afastamento da função pública de servidores da Metamat e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.
Também foram determinadas medidas cautelares diversas da prisão contra os investigados, que estão proibidos de manterem contato entre si e de acessarem todos os prédios e dependências da Metamat e da Sedec. Eles também terão os passaportes recolhidos.
Outro lado
Por meio de nota, a Sedec negou ser alvo de investigação da Polícia Civil. Leia na íntegra abaixo:
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) esclarece que não tem qualquer relação com a operação Poço Sem Fundo, conduzida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor).
A investigação teve início por determinação do Governo do Estado e teve como alvo a Companhia Mato-Grossense de Mineração (Metamat).
A Metamat tem autonomia orçamentária, administrativa e financeira, portanto, a Sedec não tem nenhuma ingerência sobre a autarquia.