ANA ADÉLIA JÁCOMO
O deputado estadual Alexandre César (PT) afirmou ao RepórterMT neste sábado (18), que não irá concorrer a nenhum cargo eletivo no próximo pleito, em 2014. Terceiro suplente da coligação nas eleições de 2010 e efetivado em 2013, o petista é cotado nos bastidores para ser o líder do Governo na Casa de Leis, mas negou o pretenso posto e disse que não quer assumir a função.
"Não quero ser líder do Governo, sou líder do PT na Assembleia e não penso em assumir essa função. Mas se eu for convidado pelo governador, vou falar com meu partido", disse ele, se referindo a necessária substituição de Romoaldo Júnior (PMDB). O governador Silval Barbosa (PMDB) estaria avaliando também o nome do deputado Jota Barreto (PR).
Aparentando estar decidido, o petista afirmou que não pretende levar a diante a carreira política, mas deve ficar nos bastidores do PT, e que irá retomar projetos pessoais. "Não serei candidato a nada nas próximas eleições. Vou investir na minha carreira acadêmica e no meu escritório de advocacia. Além disso, sou procurador do Estado. Já atuei por dois mandatos e para mim, está bom", disse Alexandre.
Sobre a possibilidade de o partido não aprovar sua decisão, o deputado foi incisivo e afirmou que a escolha é dele e que a legenda terá muitos nomes disponíveis para disputar a eleição. "A decisão de não concorrer é minha e não do PT. Não há qualquer tipo de intriga e acredito que tudo preciso ser renovado. Tomei essa decisão pessoal e não usei a política como projeto de carreira".
Alexandre César afirmou que o ex-vereador e candidato derrotado à Prefeitura de Cuiabá Lúdio Cabral (PT) é um excelente nome para disputar uma vaga de deputado estadual, assim como o vereador Arilson da Silval (PT).
A história política de Alexandre César é cercada de polêmicas. Fortes crises entre ele e a ex-senadora Serys Marly (ex-petista sem partido) foram destaques durante os últimos anos. O PT é tido como partido cheio de facções internas. A corrente de Alexandre sempre combateu Serys e após diversos problemas, inclusive com Carlos Abical, foi ameaçada de expulsão e, no final, acabou pedindo desfiliação por extremo desgaste com os demais membros da legenda.
Em sua candidatura mais marcante, Alexandre chegou ao segundo turno das eleições em 2004, quando concorreu à Prefeitura de Cuiabá contra o ex-prefeito Wilson Santos (PMDB). O petista só não venceu o pleito por conta de um escândalo na reta final da campanha. Ele foi acusado pelo tucano de tentar tomar a casa de um casal de idosos. A residência pertenceu ao pai do petista, juiz Antônio Humberto César Filho, e foi requerida na Justiça.
A acusação naufragou os sonhos de Alexandre, que nunca conseguiu vencer um pleito e ficou sempre como suplente ou usufruindo de rodízios na Assembleia. Agora, com 13 anos de vida pública, ele anuncia que encerra sua participação na política do Estado.
José Raul Vilá Neto 20/05/2013
Não vai fazer falta, vai honrar o seu salário que está de bom tamanho, a boquinha fechou.
João Ninguém 20/05/2013
É bom mesmo...aliás, já passou da hora...o petista já deu o que tinha que dar, diga-se de passagem, muito pouco, ou quase nada...tanto que nem conseguiu se reeleger, não passando de uma suplência. Boa sorte fora da política.
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