PAULO COELHO
DA REDAÇÃO
Nem bem o governo do Estado terminou o recadastramento de seus servidores, a Secretaria de Gestão, comandada por Júlio Modesto, já encontrou indícios de fraude na folha de pagamento. Assim como apontavam denúncias ainda na época da campanha eleitoral, a equipe de Modesto, obedecendo ordens explícitas do governador Pedro Taque ,detectou a existência de servidores fantasmas no quadro funcional do Executivo, ou seja, pagamentos indevidos a servidores que sequer comparecem ao trabalho.
O governo detectou a existência de servidores fantasmas no quadro funcional do Executivo, ou seja, pagamentos indevidos a servidores que sequer comparecem ao trabalho.
Conforme o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, embora os indícios sejam fortes, o recadastramento ainda está em curso e somente ao final dessa apuração é que a Secretaria de Gestão apontará o resultado oficial desse trabalho.
“Nós tivemos uma reunião há alguns dias e o secretário Júlio Modesto disse que já encontrou sim uma série de informações que demonstram pagamentos indevidos”, adianta Paulo Taques em entrevista gravada no estúdio do - ressaltando que a conclusão desse recadastramento deve ocorrer já nos próximos dias.
Nessa entrevista, o chefe da Casa Civil, ainda faz um balanço dos primeiros seis meses do governo Pedro Taques, passando inclusive pela avaliação financeira em que se encontrava e se encontra a economia estadual. A questão política também é abordada, especialmente após uma verdadeira “novela”, ocorrida entre o fim do primeiro semestre e o início do segundo, quanto à apreciação e votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO -2016) por parte da Assembleia Legislativa, onde o Paiaguás tem maioria a seu favor. Taques nega ter havido ingerência ou intervenção no Parlamento para vetar ou inviabilizar a inserção de emendas dos deputados no texto da LDO. Ao todo houve três pedidos de vista, sendo dos deputados Emanuel Pinheiro (PR), Zeca Viana (PDT) e Janaina Riva (PSD), respectivamente.
Taques nega ter havido ingerência ou intervenção no Parlamento para vetar ou inviabilizar a inserção de emendas dos deputados no texto da LDO.
Paulo Taques alega que a o parlamento tem que ter seu tempo e que o governo nunca interveio nas pautas o ritmo de tramitação das mensagens governistas na Assembleia.
Além disso , ainda quanto à relação Executivo-Legislativo, causou estranheza a não apreciação pela Assembleia, da Mensagem 45/2015 que pretende revogar os efeitos da Lei 10,207 do final do ano passado, ou seja, ainda sob o gestão Silval Barbosa (PMDB), que “blinda” empresas que recebem incentivos fiscais do Estado, de serem
RepórterMT

Taques visitou a redação do RpMT
investigadas ou de terem seus sigilos fiscais quebrados. A matéria entrou e saiu de pauta algumas vezes, mesmo o Executivo tendo expressado a importância da revogação. O secretário Taques reafirma, nessa entrevista, que a revogação da 10.207 continua sendo urgente, pois estaria causando “prejuízo” aos cofres públicos do Estado.
A reforma tributária é outro assunto abordado na conversa com o secretário. A equipe técnica do governo está debruçada sobre a construção do texto dessa reforma que deve ser enviada para apreciação da Assembleia nos próximos dias.
Tudo isso e vários outros assuntos, como indicações políticas para cargos no governo, a relação espinhosa de Pedro Taques com o deputado Zeca Viana, presidente do PDT,partido recentemente deixado pelo governador e também sobre a o futuro partidário de Pedro Taques estão nessas declarações.
O chefe da Casa Civil ainda fala sobre a permanência ou não do deputado Wilson Santos (PSDB) na liderança do governo na Assembleia e como fica, a partir de agora, a relação do governo com a Assembleia, devido à demora na entrega das ambulâncias a serem compradas com os R$ 20 milhões devolvidos pelo Legislativo ao Executivo.
CONFIRA ENTREVISTA NO ESTÚDIO DO RpMT: