Mauro Savi é definido como relator e Oscar Bezerra presidente

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Cinco titulares e quatro suplentes assumem tarefa de averiguar suspeita de irregularidades

PAULO COELHO
DA REDAÇÃO

Com isso, caiu por terra o plano do deputado Pery Taborelly (PV), que  queria  relatar os trabalhos da Comissão. Ele, que já  havia articulado internamente  com os demais parlamentares que seria o relator, teve, no apagar das luzes, o nome substituído pelo de Mauro Savi.

Essa mudança, segundo Oscar Bezerra, se deve a uma eleição interna entre os cinco membros titulares da CPI, definidos durante reunião do colegiado de líderes, ocorrida ainda nessa quarta-feira (11) à tarde.

Dessa forma, teriam votado em Mauro Savi para ser relator, além dele prórpio, os deputados Janaina Riva (PSD) e Silvano Amaral (PMDB), ou seja, três votos dos cinco possíveis, o que inviabilizou o desejo de Taborelli.

E a definição dos nomes do presidente e  do relator  só foi  posssível, porque  um pouco antes, já haviam sido escolhidos todos os nomes  dos titulares e suplentes  que comporão a CPI. Foram anunciados os  titulares  Oscar Bezerra (PSB); coronel Pery Taborellli; Janaína Riva (PSD), Mauro Savi (PR) e Silvano Amaral (PMDB). Já os suplentes  são Wagner Ramos (PR), Wilson Santos(PSDB), Emanuel Pnheiro (PR) e Pedro Satéllite (PSD).

Com a definição de  Oscar e  Savi nos principais cargos da CPI, com a inserção legítima de Janaína Riva entre os membros da Comissão, o deputado Taborelli adiantou que, assim sendo, não participará  da Comissão.  

Ele sentiu muito a perda da relatoria e julgou que Janaína é suspeita para integrar a Comissão, por ser filha do ex-deputado José Riva (PSD), que encontra-se preso, acusado de ter participado de um esquema de desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa.

Quanto a Savi também ser integrante da CPI, Taborelli alega que o republicano fez parte da legislatura passada, "portanto ele teve a oportunidade de fiscalizar e denunciar todas as irregularidades  verificadas nas obras da Copa, e não fez nada e, agora, diz que quer fiscalizar?", ironizou o coronel.

A CPI da Copa tem, regimentalmente, 180 dias para averiguar as suspeitas de irregularidades nos empreendimentos e pagamentos feitos pela gestão anterior do Governo do Estado.

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que é apontado pela Corregedoria Geral do Estado, junto com outros servidores, como responsável pela questionável execução dos preparativos para o mundial, esteve mês passado na AL-MT, conversando com os deputados, e chegou a defender a CPI junto à imprensa.

Uma vez empossados, os membros da CPI devem abrir de imediato os trabalhos.

As 56 obras previstas para a Capital, para preparar a cidade para a Copa foram alvos de denúncias de propinas e desvio de dinheiro público. Apenas 7 obras ficaram totalmente prontas. Outras estão paradas e, algumas tão mal feitas que foram estão interditadas, como o viaduto da Sefaz. 

(ATUALIZADA ÀS 19H44)