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Cuiabá, 27 de Julho de 2024
27 de Julho de 2024

26 de Agosto de 2010, 11h:40 - A | A

POLÍTICA /

Mato Grosso não terá segundo turno se seguir tendência histórica

VG NOTICIA



Mato Grosso em toda a sua história política nunca teve um segundo turno para o cargo de Governo do Estado. No ranking dos maiores colégios eleitorais do país - Mato Grosso configura na 17ª posição - com 2.095.825 eleitores registrados com idade igual ou superior a 16 anos, segundo dados extraídos da página oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atualizada até julho de 2010.

Os postulantes a governador precisam conquistar 50% dos votos válidos mais um para se elegerem em primeiro turno, ou seja, precisam obter 1.047.913 eleitores. Caso não alcancem esse número, os dois candidatos mais votados no primeiro turno concorrem no segundo turno, sendo eleito que obtiver maioria simples, ou seja, maior votação entre os dois concorrentes.

Nestas eleições, os três principais candidatos ao governo do Estado, Mauro Mendes (PSB) - Silval Barbosa (PMDB) e Wilson Santos (PSDB), estão apostando em um segundo turno – ressaltando que será um feito inédito na política mato-grossense.

Wilson Santos já foi vereador, deputado estadual, federal, prefeito de Cuiabá por quase um mandato e meio.  Mauro Mendes, empresário bem sucedido, presidente da Federação das Indústrias de mato Grosso (Fiemt), e foi candidato em 2008 a prefeito da capital cuiabana. Ele chegou a disputar o segundo turno com Wilson Santos –  o que o tornou conhecido na baixada cuiabana. Hoje, Mendes é apontado com vantagem em Cuiabá a frente dos dois principais adversários.

Já Silval Barbosa foi prefeito de Matupá, deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa, vice-governador e pleiteia comandar o executivo mato-grossense. Silval tem a vantagem de estar a frente do governo e goza do apoio do ex-governador Blairo Maggi e candidato a uma das vagas ao Senado Federal.

Um dos fatores que também conta ponto em uma disputa eleitoral é o grupo de apoio dos candidatos. Wilson Santos conta com o apoio do cacique do Democratas, o senador Jaime Campos e o ex-senador e candidato ao Senado, Antero Paes de Barros (PSDB), além de “explorar” o nome do falecido Dante de Oliveira (PSDB).

Quanto a número de partidods coligados, Mauro Mendes está em desvantagem - uma vez que não conta com grandes lideranças apoiando sua candidatura – mas tem o respaldo de parte dos empresários filiados a Fiemt - onde ele foi presidente. Ele também nunca ocupou um cargo político, o que o torna “o novo”.

Já Silval Barbosa tem três apoios de peso, o líder da turma da botina, Blairo Maggi (PR), o puxador de votos, principalmente no interior do Estado, José Riva (PP) e a senadora Serys Slhessarenko (PT). Além de ser o candidato que possui o maior número de atuais prefeitos que apoiam a sua reeleição.

No entanto, se levar em consideração o histórico político em Mato Grosso - fica evidenciado que não será neste pleito que occorrerá um segundo turno .

Em 1994, o Estado teve três candidatos ao governo - contava com um eleitorado de 1.279.042, e elegeu Dante Martins de Oliveira com 71.27% dos votos válidos. Em 1998, foram cinco candidatos, com um eleitorado de 1.516.451 e reelegeu Dante com 53,94%.

Em 2002, foram cinco candidatos, com 1.730.022 eleitores e mesmo com dois políticos conhecidos, Alexandre César e Antero Paes de Barros, o novato na época, Blairo Maggi, conquistou a simpatia dos mato-grossenses e se elegeu logo no primeiro turno com 50,685%.
Já no último pleito para majoritária, que ocorreu no ano de 2006, foram sete candidatos. Blairo Maggi se reelegeu com 65,39% dos 1.937.848 eleitores. Na disputa entraram Serys Marly Slhessarenko que conquistou 11,316% dos votos válidos e Antero Paes de Barros com 19,833% dos votos válidos.

De acordo com resultados dos pleitos anteriores - a tendência é que não haja segundo turno - dessa forma reelegendo o governador Silval Barbosa.

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