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Cuiabá, 19 de Maio de 2024
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02 de Setembro de 2013, 07h:23 - A | A

POLÍTICA / ESCÂNDALOS DE MT

Mahon vê omissão da OAB; 'direção não sai da mesa"

Mahon argumenta que, hoje, na Ordem existe uma espécie de loteamento feito por vários segmentos políticos.

ABDALLA ZAROUR



O advogado Eduardo Mahon virou sua metralhadora giratória para a direção da OAB de Mato Grosso. Em entrevista ao RepórterMT, ele critica o 'grupo' que está na presidência da Instituição há mais de 15 anos. "Os conselheiros são sempre os mesmos. Na OAB há um ciclo de continuidade, fazer campanha é muito difícil", revelou o criminalista.

Mahon argumenta que, hoje, na Ordem existe uma espécie de loteamento feito por vários segmentos políticos. "A OAB está loteada, eles sufocam a possibilidade do novo. São grupos, são escritórios grandes. Um grupo que se eterniza, enquanto o brasileiro se escandaliza com a eternização do Renan Calheiros, de um Sarney, nós achamos muito natural que um grupo fique 15 anos, isso está errado", cutucou.

Ele disse que hoje a OAB não tem um cabeça, mas várias que estão na direção da Casa e critica a permanência constante do cargo do secretário-geral. "O sujeito não pode ficar duas ou três gestões. O sujeito se transforma naquilo que a OAB mais critica. Ele é um administrador guardanapo, não sai da mesa. E eu pergunto por quê? Qual a vantagem disso?", avaliou.

Outros dois pontos criticado por Mahon seria a falta de transparência na prestação de contas da Ordem. "A prestação de contas é meramente burocrática para todos os advogados. A contratação de secretários, que critérios são utilizados? O Judiciário é obrigado a dar publicidade dos seus gastos. A prestação de contas da OAB é uma página, é um simulacro", comentou.

O advogado também criticou uma certa 'omissão' da OAB/MT em casos polêmicos no Estado. Ele citou o caso das obras da Copa e dos medicamentos vencidos da farmácia de alto custo. "Escândalos das obras, tem uma comissão de acompanhamento, teria que ser de fiscalização. O TCE está reprovando mês a mês, isso é uma tortura mensal e a OAB pode fazer fiscalização. Ela pode tentar ação civil pública. Estragou medicamento e a OAB? A OAB não se posiciona politica e juridicamente", alfinetou.

OUTRO LADO 

O presidente da OAB/MT, Maurício Aude, evitou comentar as declarações de Eduardo Mahon, mas se comprometeu, nesta semana, a dar entrevista para falar sobre sua atual administração.

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