DA REDAÇÃO
Os Ministérios Públicos Estadual e Federal pediram o afastamento do juiz federal Julier Sebastião da Silva, responsável pela decisão favorável à implantação do VLT (veículo leve sobre trilhos). No entendimento dos MP´s, Julier não poderia ter julgado a ação, já que tem um irmão que é assessor especial da Secretaria da Copa (Secopa), Joel Divino da Silva e por isso não teria isenção.
Confira a íntegra da matéria publicada nesta sexta-feira (24) no Portal UOL:
O juiz federal que liberou as obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Cuiabá no último dia 16 é irmão de um assessor especial do órgão estadual que licitou a empreitada. Julier Sebastião da Silva, da primeira Vara Federal de Mato Grosso, é parente direto de Joel Divino da Silva, funcionário comissionado da Secopa-MT (Secretaria Extraordinária da Copa do Estado de Mato Grosso), encarregada de preparar a capital mato-grossense para o Mundial de 2014.
Não é a primeira vez que Julier julga um caso em que seu irmão Joel está envolvido. O Tribunal Regional Federal da região de Mato Grosso já anulou pelo menos sete julgamentos do juiz porque Joel Divino da Silva também tinha alguma ligação com a causa.
Foi a Secopa-MT quem contratou o consórcio VLT Cuiabá para a construção da linha trem urbano orçada em R$ 1,47 bilhão. Esse contrato foi questionado pelo MP-MT (Ministério Público de Mato Grosso) e pelo MPF (Ministério Público Federal), que pediram sua anulação.
No início deste mês, o juiz federal Marllon Sousa acatou o pedido, e determinou liminarmente a paralisação da obra do VLT. Segundo o juiz, o investimento na obra é desproporcional às necessidades de Cuiabá e poderia agravar a situação fiscal do Estado.
Dias depois, entretanto, o juiz Julier, irmão do assessor da Secopa, derrubou essa liminar. Julier assumiu o caso depois de Marllon sair de férias. Logo determinou a realização de uma audiência com secretários do governo de Mato Grosso. Depois, suspendeu a anulação do contrato proposta pelos promotores e procuradores, autorizando que as obras do VLT fossem retomadas.
Na última terça-feira, MP e MPF solicitaram formalmente que o juiz Julier seja afastado do caso. Eles protocolaram uma petição encaminhada ao próprio juiz, pedindo que ele se declare impedido de julgar processos sobre o assunto, já que seu parente trabalha em um órgão diretamente interessado na realização da obra em questão.
“Tal posição visa resguardar a correta e justa aplicação da lei, bem como evitar futuras nulidades dos atos presididos pelo excepto [o juiz Julier]”, justificam os promotores e procuradores na ação entregue ao magistrado.
Se o juiz aceitar o pedido do MP e do MPF, a autorização para a obra do VLT dada por ele será cassada automaticamente. A decisão do juiz Marllon Sousa voltará a valer e, portanto, o contrato da obra será novamente anulado.
Caso Julier se negue a deixar o caso, o pedido do MP e do MPF será analisado pela segunda instância da Justiça Federal, o Tribunal Regional Federal. É lá que será decidido se o juiz pode mesmo julgar o processo do VLT, mesmo tendo um irmão trabalhando na Secopa.
As obras, conforme revelou o UOL Esporte, foram contratadas por meio de uma licitação suspeita. O ex-assessor especial do governo de Mato Grosso Rowles Magalhães Pereira da Silva disse que o consórcio VLT Cuiabá pagou R$ 80 milhões em propinas para garantir que venceria a concorrência pela obra. Por isso, o resultado da licitação já era conhecido um mês antes da abertura das propostas, segundo ele.
Depois das reportagens do UOL Esporte, a Polícia Civil de Mato Grosso e os ministérios públicos abriram novas investigações sobre o VLT. Rowles foi exonerado do cargo e desde então não proferiu publicamente nenhuma declaração.
Já o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), embora afirme desejar uma apuração profunda do caso, ainda não informou quem indicou Rowles ao cargo, os motivos de sua contratação ou as funções que desempenhava. Pelo contrário, desde o dia 17 de agosto, o governador tem evitado a imprensa, e se recusado a responder perguntas sobre o assunto.
Sebastião 24/08/2012
Se o Julier fosse o único a ter parentes em órgãos do Estado, estaria bom. Se isto for levado a sério, tem um monte de juízes aí que terão que rever suas sentenças e serem afastados de vários julgamentos. Esse UOL já tá enchendo a paciência de muita gente. Pelo amor de Deus, parem de encher o saco com esse bombardeio de notícias denegridoras da imagem de Cuiabá e vão procurar outra coisa pra fazer. E o pior é que tem um jornalistazinho local que tá botando combustível na fogueira pro fogo queimar com tudo. fala sério
Mauro Figueiredo 24/08/2012
É O SEGUINTE, MANDEM ESSES PROCURADORES ESTADUAIS E FEDERAIS SECAREM GELO, VER SE ESTOU NA ESQUINA, DEIXAR DE SE VER NO ESPELHO E PROCURAR O QUE FAZER. PARECE QUE NO MP-ESTADUAL E FEDERAL NÃO TEM SERVIÇO. SE QUEREM APARECER COLOQUEM UMA MELÂNCIA NO PESCOÇO E VÃO PASSEAR PELAS PRAÇAS DE CUIABÁ, PELO CHOPPÃO, PELA PRAÇA POPULAR, LÁ PELO PEDRA 90, EM VÁRZEA GRANDE E POR AI FORA. PROCUREM TRABALHAR OU DEVOLVAM OS SALÁRIOS RECEBIDOS. MAS TRABALHO SÉRIO E ESQUEÇAM O NOSSO VLT.
Pedro Sobral Filho 24/08/2012
"Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena." - Fernando Pessoa. É assim que me sinto, morando em Cuiabá, um estado periferico, manipulado pelo Sul e Sudeste, pela midia UOL que defende o Cartel dos Combustíveis, industria automobilistica., pneus. Como somos faceis de sermos manipulados, marionetes dos grandes conglomerados economicos. O sonho de Cuiabá, de se tornar referencia nacional, com um transporte coletivo de qualidade, foi assassinado, abordado por esta atitude criminosa doMinistério Publico Estadual. De forma covarde, milhões de reais que seriam investidos nesta capital, vão desaparecer diante de nós cidadãos, devido a covardia do Ministério Público Estadual, que tudo faz (por que será?) para destruir investimentos que beneficiariam Cuiabá e Varzea Grande. Será que temos capacidade de protestar, de indignar, de revoltar, ou seremos meros marionetes na mãos do MPE e de interesses escusos defendidos por esta instituição elitista e dissociada dos cidadãos?
Nicolas 24/08/2012
So penso uma coisa, está corretíssimo, quem julgar tem que ter isenção, outra coisa é que o Judiciário está cheio de nepotismo (empregos sem concurso para parentes de juizes e outros), outro fato a apurar é se houver interverencia de Julier na contratação de seu irmão, pois na terra não tem nenhum santo, agora que o Judiciário tem que estar de olho nisso eu concordo mesmo porque é uma quantidade de dinheiro espetacular.
CADA 24/08/2012
Ah ! agora o UOL encontrou uns parceiros !
Beri 24/08/2012
Existe uma rixa entre membros do MP com Silval e Riva. Mas só que Srs. membros, vocês estão prejudicando toda uma população, comprometendo o estado com relação à copa do mundo sem contar o "estrago" financeiro que esse embargo irá causar !
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