MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
Sem causar alarde e longe dos olhos da imprensa, os membros da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Cuiabá, ‘quebraram o galho’ do ex-presidente da Casa.
Em tom de camaradagem, o vereador João Emanuel (PSD), não foi notificado pela Comissão no Plenário, durante a sessão ordinária, como estava sendo esperado, mas no corredor particular dos parlamentares. O presidente da Comissão, Toninho de Souza (PSD), alegou que a medida, que ocorreu nesta quinta-feira (6), atendeu ao pedido do próprio João Emanuel para que fosse preservada a imagem do vereador, que investigado por fraude poder perder o mandato.
“Ele não quis receber em Plenário para evitar constrangimentos. Ele recebeu no corredor, mas ele recebeu na presença dos três membros da Comissão. Nós tínhamos que fazer a citação pessoal a ele. Para nós é independente do local que ele recebesse, o importante é que ele assinou a citação”, declarou Toninho.
Na verdade, o presidente da Comissão teve que ser ‘lembrado’ pela imprensa que todos aguardavam a notificação sobre o processo de quebra de decoro de João Emanuel.
Em seguida, Toninho voltou ao Plenário carregando um calhamaço de papéis sobre a investigação. O investigado entendeu do que se tratava e com os membros da Comissão se dirigiu ao corredor privado.
A partir de agora João Emanuel tem o prazo de cinco sessões ordinárias para que apresente à Comissão sua defesa por escrito. Ao investigado foram entregues todas as provas cedidas pelo Ministério Público Estadual à Câmara Municipal, além de todas as citações do caso como a representação da ONG Movimento Organizado Pela Moralidade Pública e Cidadania Moral.
A Justiça suspendeu a investigação criminal por parte do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), mas o processo que continua em tramitação na esfera cível por possíveis fraudes à licitação da Casa, além de grilagem e falsificação de documentos. A principal prova do Ministério Público Estadual é um vídeo onde o próprio investigado relata como funcionava a fraude.
O vídeo passou pela perícia que confirmou que não há montagem, como havia citado João Emanuel durante sua tentativa de defesa, quando por diversas vezes disse em alto em bom tom que era montagem. Se tratava de uma ‘trucagem’. “O vídeo é cheio de montagens, trucagens e hiperlinks”, repetia João Emanuel à imprensa, logo quando ‘estourou’ o escândalo.
João nem tremeu
Nesta quinta-feira (6), João Emanuel aceitou falar com a imprensa após a notificação. Demonstrando tranquilidade, João Emanuel disse que vai analisar com serenidade toda a documentação recebida, afirmou que tem segurança com relação à prova de sua inocência e quando questionado sobre seu principal argumento de que o vídeo teria sofrido uma montagem, ter caído por terra, o vereador nem tremeu ao negar veementemente que algum dia tivesse dito isso.
“Não foi minha a fala sobre esse posicionamento específico do vídeo. Há hoje uma judicialização esse processo está judicializado e vamos deixar na estância judicial” ‘desconversou’ o vereador.
Trâmites
Após receber a defesa, a Comissão vai analisar a documentação para só depois começara a ouvir as testemunhas ligadas à investigação. Após todas as oitivas, a comissão elabora um relatório e apresenta ao Plenário.
De acordo com o presidente da Comissão, Toninho de Souza, se houver o processo de cassação do mandato de João Emanuel a votação deverá ser aberta e com a participação de todos os vereadores, inclusive o investigado.
João Emanuel fala que foi montagem o vídeo, no dia 10 de Dezembro de 2013.
João Emanuel se contradiz e fala que não foi montagem, nesta quinta-feira (06.02)
cenin 07/02/2014
todas as MANGAS do MUNDO!
1 comentários