Janaina ameaça acionar Maluf por aceitar atraso em duodécimo

FRANCISCO BORGES
DA REDAÇÃO

Os deputados estaduais considerados de oposição ao governo do Estado ameaçaram acionar judicialmente o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Maluf (PSDB), pela anuência quanto ao atraso do recebimento do duodécimo do Executivo. Conforme já havia anunciado, o governador Pedro Taques (PSDB) deverá completar dois meses de repasses atrasados aos Poderes constituídos.

Quem está articulando acionar Maluf é a deputada Janaina Riva (PMDB). A parlamentar alega que ele aceitou o atraso sem consultar os demais deputados. Segundo janaina, uma conversa com todos da oposição deve nortear o ingresso da peça judicial na Justiça.

“Nós já avisamos Maluf no colégio de líderes e ele está ciente. Ele não pode concordar com isso. É preciso que o governo venha aqui e sente com os 24 deputados, pois se o presidente não intermediar essa conversa ele está concordando com o atraso no repasse e por isso ele poderá responder por improbidade administrativa”, disse Janaina à reportagem.

Segundo a deputada, no encontro do último colégio de líderes foi possível observar o descontentamento dos deputados que são da base aliada do governador sobre a anuência de Maluf. De acordo com ela, não só os sete parlamentares que formam a oposição, mas pelo menos cinco outros também tem o mesmo posicionamento. “Temos outros deputados que não concordam com o fato”, disse Janaina. 

O grupo dos sete parlamentares da oposição é formado por além de Janaína, também os deputados Silvano Amaral (PMDB), Pery Taborelli (PSC), Zeca Viana (PDT), Sebastião Resende (PSC), Zé Carlos do Pátio (SD) e Emanuel Pinheiro (PMDB). 

Em reunião no Palácio Paiaguás, na última terça-feira (16), os chefes dos Poderes constituídos aceitaram as justificativas de atraso, que foram explanadas pelo governador e cederam ao Estado maior prazo para que os pagamentos sejam regularizados.

Ficou acordado que o montante de R$ 280 milhões deve ser pago conforme o caixa do governo for se estabilizando, devido à crise financeira que afeta Mato Grosso desde 2015.