França estranha sua convocação para depor e diz que CPI da Copa 'masca rolha'

Assessoria

"A minha função na Agecopa era de imprensa e a CPI, o próprio nome já diz que é das Obras da Copa"

PAULO COELHO
DA REPORTAGEM

O ex-diretor de Comunicação e Marketing da Agecopa  já extinta) Roberto França Auad, criticou nesta-terça (6), sua convocação pela CPI das Obras da Copa, jáq ue segundoe ele, seu cargo à época não tinha relação com as obras.

“Ao invés de ficarem aí mascando rolha, eles deveriam usar as informações que constam dos relatórios técnicos que já foram feitos pelo Tribunal de Contas, pelo Ministério Público, pelo Crea e até pelo próprio governo Pedro Taques, que é o mais recente. Todos são relatórios muito bem feitos, que apontam detalhes de cada falha”, disse França, ponderando que mesmo assim deu sua parcela  de contribuição à CPI.

Roberto França também criticou a Assembleia Legislativa que, à época das deliberações sobre o modal de transporte coletivo para Cuiabá e Várzea Grande, teria demorado muito em tomar ou propor encaminhamentos mais eficazes e ágeis.

“A Assembleia tinha uma Comissão para acompanhar as obras da Copa, mas que só ia para tirar foto e aparecer na TV.  Atrasou muito a discussão sobre BRT e VLT , perdeu-se um ano e meio  somente para a escolha do VLT”,  emendou, salientando que a parte mais difícil foi a elaboração de projetos  e que foram feitos pela Agecopa, o que também teria demorado um ano e meio.

Durante o depoimento o presidente da CPI , Oscar Bezerra, chegou a dizer que França não estava disposto a colaborar com a Comissão de Inquérito, pois o ex-diretor respondeu não ter conhecimento sobre as ações de outras diretorias e da Presidência.

“Eu apenas estranhei o fato deles terem convocado um diretor de comunicação e marketing. A minha função na Agecopa era de  imprensa e a CPI, o próprio nome já diz que é das Obras da Copa,  então a minha presença aqui era desnecessária, mesmo assim vim aqui colaborar”, disse.

Outro lado

O presidente da CPI das Obras da Copa, Oscar Bezerra (OS) se disse admirado com as críticas de França, quanto às convocações.

“Me admira muito ele falar isso, uma vez que a prerrogativa da Assembleia  é fazer a investigação e esclarecer à população. Agora, ele pode não ter se sentido  confortável  em ter vindo  depor, como foi no caso das declarações. Ele não queria contribuir com nenhuma informação, queria apenas falar restritivamente  ao assunto que lhe competia na Copa, mas nós sabemos que a diretoria era compartilhada, ele era um dos diretores e todas as  definições eram colegiadas, mas ao final ele acabou soltando algumas questões  que contribuíram com a CPI”, argumentou Bezerra.