FRANCISCO BORGES
DA REPORTAGEM
Um tumulto causado pelo deputado Gilmar Fabris (PSD), na tarde desta terça-feira (22), suspendeu as oitivas da CPI de Renúncia e Sonegação Fiscal. O parlamentar protestou contra a convocação do “rei da soja”, o empresário Eraí Maggi, para depor à CPI nesta quarta-feira (23), alegando que a ação seria desnecessária e ira expô-lo de forma em nível mundial.
"Agora, qual a razão amanhã de nós trazermos um simples associado? Só porque ele é o Eraí Maggi? Ele é um simples associado”, argumentou Fabris.
Irritado, Fabris sugeriu que a medida seria de interesse do presidente da CPI, deputado José Carlos do Pátio (SD), que não teria submetido a convocação à votação dos demais membros da comissão.
"Nós ouvimos aqui o presidente da cooperativa que é responsável pela cooperativa. Ouvimos aqui o diretor financeiro da cooperativa. São os dois responsáveis pela cooperativa. Eles vão responder pelo Bom Futuro e pelos demais associados. Agora, qual a razão amanhã de nós trazermos um simples associado? Só porque ele é o Eraí Maggi? Ele é um simples associado”, argumentou Fabris.
“Ele vai participar da coletiva porque ele é o maior produtor e nada, deputado, justifica um produtor que tem o controle de comercialização da cooperativa em mais de 80% não ser convocado para depor”, defendeu Pátio.
O presidente por sua vez justificou que Eraí Maggi detém 83% das ações da Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat), que teria comprovada contra ela grandes somas em sonegação fiscal. Outro fato relacionado é que a Cooamat estaria facilitando ao Grupo Bom Futuro, do qual o “rei da soja” é o maior acionista, benefícios exclusivos à cooperativas.
“Ele vai participar da coletiva porque ele é o maior produtor e nada, deputado, justifica um produtor que tem o controle de comercialização da cooperativa em mais de 80% não ser convocado para depor”, defendeu Pátio.
Após muita discussão, o deputado Emanuel Pinheiro decidiu intervir e sugeriu um intervalo para que os pares pudessem chegar a um consenso sobre a convocação do “rei da soja”.
Quase uma hora depois, José Carlos do Pátio anunciou à imprensa que a oitiva de Eraí, como testemunha, está mantida para o período da tarde desta quarta-feira.
Com a suspensão ocorrida, nesta terça-feira (22), os deputados ouviram apenas o depoimento de Roberto Machado Bortoncello. A oitiva de Donato Cechinel deve ser remarcada. Ambos são investigados por comporem simultaneamente cargos de chefia no Grupo Bom Futuro na diretoria Cooamat.
Renato 23/11/2016
Esse Gilmar Fabris é um bonachão. Para estar defendendo o Erai é porque está tendo alguma retribuição. Ou já viu político fazer algo sem segundas intenções. Só de olhar pra cara desse energúmeno já me dá nojo. Por falar em malandragem, como anda o assunto das cartas de crédito? A justiça lerda de MT ainda não se posicionou à respeito?
Laura 22/11/2016
Esse Gilmar Fabris é um safado mesmo...só legisla para os ricos..
2 comentários