DA REDAÇÃO
Um empresário do ramo de Vidraçaria de Cuiabá, que presta serviços para a Mendes Júnior, responsável pelas obras da Arena Pantanal, confirmou ao RepórterMT que houve no dia de hoje (14), uma reunião entre as empresas que trabalham para a construtora sobre o atraso no pagamento, que chega há quase 90 dias.
Os empresários estão na bronca e ameaçam até parar as atividades no Estádio.
De acordo com informações publicadas no site Rdnews, a Mendes Júnior não consegue fazer o repasse porque não consegue receber do Estado a pequena bagatela de R$ 122 milhões.
Ainda segundo o site, a Secopa admite que deve apenas R$ 19 milhões. Essas empresas que prestam serviços para a Mendes Júnior têm o direito de receber perto de R$ 10 milhões.
Porém, nenhum dono dessas empresas fala com a imprensa, dão declarações sobre essa situação e a insatisfação, que é grande, se perde no espaço.
A explicação para isso se chama:mordaça. Se falarem com os veículos de comunicação podem receber um castigo: Demorar ainda mais para receber pelo trabalho que fizeram. Enquanto isso, a informação oficial permanece. Ou seja, a dívida é só de R$ 19 milhões.
Uma das provas de que a mordaça funciona, e bem, pelo governo do Estado foi quando o dono da Engeglobal, Robério Garcia, disse que a Secopa vinha atrasando sistematicamente o pagamento das obras do Centro Oficial de Treinamento (COT).
A declaração de Garcia foi dada na primeira visita do ministro da Aviação Civil, Wellington Moreira Franco (PMDB), nas obras do Aeroporto Marechal Rondon, na qual, a Engeglobal é uma das empresas responsáveis, deixou Silval Barbosa (PMDB) numa saia-justa e por conta disso, o empresário recebeu um telefonema onde a conversa não foi nada amistosa. Depois disso, Robério Garcia tomou chá de sumiço e evitou a imprensa após essa ‘polêmica’.
OUÇA ENTREVISTA DE ROBÉRIO GARCIA
Além do Aeroporto e dos Cots, a Arena Pantanal é a principal obra da Copa do Mundo. O novo Verdão, que é motivo de polêmica pelo atraso em sua entrega, vai custar aos cofres do contribuinte em torno de R$ 600 milhões.
A revolta dos empresários é justa, mas ao tomarem para si a medida da lei do silêncio, para não evidenciar o que acontece entre as empresas e o alto escalão do governo, deixa no ar uma insatisfação e muitas dúvidas com a sociedade que quer saber de fato o que acontece, já que se trata de dinheiro público, dinheiro do povo.
Seria de bom tom que essas empresas viessem a público e externassem a versão delas, para que a população não seja ‘influenciada’ apenas com o que diz o Governo, já que é o único que diz o que acontece.
Paulo Pitaluga 15/05/2014
Empresários, por favor, sejam brasileiros, sejam patriotas, abram a boca, denunciem os malfeitos das licitações da Copa e se der bode, façam com o MP uma delação premiada. Ou então abandonem as obras hoje, já, neste momento. É melhor cair fora agora do que trabalhar mais um mês e depois levar um calote de tudo por parte do governo.
Francisco T. Fonseca 14/05/2014
Será que Mendes Junior está falindo, pois os empresários que alugam maquinários e funcionários da obra de duplicação, entre Rondonópolis e Jaciara já estão em via de parar. O que se comenta é que ela está abandonando a obra e o calote está próximo
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