PAULO COELHO
DA REDAÇÃO
Pelo menos R$ 8 milhões pagos a título de consultoria em transporte intermunicipal de passageiros, foram para o “ralo”, na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). A constatação e a denúncia são do deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), que integra uma Comissão Especial instalada na Assembleia Legislativa, para apurar o caso.
“No começo eram R$ 4 milhões e pouco, depois deve ter havido aditivo e no final já se somavam R$ 8 milhões que foram pagos a uma empresa e que não houve efeito algum”, aponta Dal Bosco
“No começo eram R$ 4 milhões e pouco, depois deve ter havido aditivo e no final já se somavam R$ 8 milhões que foram pagos a uma empresa e que não houve efeito algum”, aponta Dal Bosco, salientando que a contratação teve como argumento a definição de um planejamento e estratégias para a consolidação de uma política eficaz para o transporte intermunicipal. O contrato com a empresa, cujo nome não foi revelado pelo parlamentar, foi assinado em 2012, quando a responsabilidade da implementação de uma nova política para o setor coletivo estadual.
A Comissão Especial está no meio de um prazo de 90 dias para fazer um raio-x sobre a realidade do setor , especialmente porque há três anos, o governo havia definido um novo modelo de gestão para a o transporte intermunicipal, já sob a orientação da tal empresa.
“Houve erros. Em janeiro de 2012, para fazer a própria licitação teria que ter havido audiência pública de forma adequada, o que foi feito foi uma audiência pública vinte dias depois de licitada e aprovada”, sinalizou.
“Houve erros. Em janeiro de 2012, para fazer a própria licitação teria que ter havido audiência pública de forma adequada, o que foi feito foi uma audiência pública vinte dias depois de licitada e aprovada”, sinalizou.
Dilmar Dal Bosco também apontou o que , à época já havia sido denunciado pelo deputado Emanuel Pinheiro (PR), o estudo apresentado pela empresa contratada pelo governo, teria sido uma cópia autêntica de um levantamento feito para o Estado do Ceará, em anos anteriores.
“Comunicamos o chefe da Casa Civil, Paulo Taques, pedindo pra ele aguardar e não dê validade a essa licitação pública, pois há muitas irregularidades e essa Comissão especial vai avaliar tudo nos mínimos detalhes nesse prazo de 90 dias. Uma coisa é certa, não houve nenhum efeito positivo, o gasto desses R$ 8 milhões, o estudo não foi bem realizado e ainda foi usado um levantamento de outro estado e com esse dinheiro gasto, poderia se contratar a Universidade de Mato Grosso, tanto a Unemat como a UFMT e traduzido economia, resolvendo o problema “, completou.
O tentou contato por telefone com o ex-vice-governador Chico Daltro (PSD) para ouvi-lo sobre as críticas do deputado Dilmar, mas ele não foi localizado por telefone nem retornou os pedidos de retorno, o mesmo ocorrendo com a ex-diretora da AGER [Agência de Regulação do Estado], Márcia Vandoni.