MIDIANEWS
Mais: eles também receberiam um “mensalinho”, cargos e outros “agrados” para apoiar a gestão do ex-presidente João Emanuel (PSD).
Segundo apurou a reportagem, pelo menos oito vereadores teriam sido “agraciados” com os benefícios ilegais.
Em vários casos, os valores somados ultrapassariam a casa dos R$ 500 mil.
Na denúncia, a qual uma fonte do MidiaNews teve acesso, estão relacionados os nomes dos parlamentares, o quanto cada um recebeu, assim como os locais e as datas de pagamentos.
Em alguns casos, o denunciante garante que filmou alguns vereadores recebendo o dinheiro.
As gravações, com “canetas espiãs”, foram feitas na própria Câmara, em locais públicos e até em uma festa de aniversário.
A denúncia cita até mesmo o que cada vereador teria feito com os valores supostamente recebidos, como a compra de carros, residências e imóveis.
“Propinoduto”
O dossiê citaria até mesmo a existência de outro suposto esquema, colocado em prática pela Prefeitura de Cuiabá, para repassar dinheiro aos vereadores da base de sustentação do prefeito Mauro Mendes (PSB).
O dinheiro sairia de uma empreiteira que presta serviços à gestão. Cada vereador da base receberia entre R$ 8 mil e R$ 15 mil.
A denúncia, segundo apurou a reportagem, cita até mesmo o endereço utilizado para fazer parte dos repasses.
Crise de imagem
Mais uma vez a Câmara de Cuiabá mergulha em uma crise de imagem. Acusado de fraudes e corrupção, o ex-presidente da Casa, João Emanuel, é alvo de ações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Ele foi preso no mês passado e ficou detido na sede da Polinter. Emanuel enfrenta um processo por quebra de decoro, e pode ser cassado.
O atual presidente, Júlio Pinheiro (PTB), é acusado de fraudar processos legislativos para aprovar três leis de suplementação orçamentária, no final da gestão do ex-prefeito Chico Galindo (PTB).
As leis, que autorizaram gastos de R$ 365 milhões, não teriam tramitado conforme o Regimento Interno.
Os advogados de João Emanuel protocolizaram no Tribunal de Contas do Estado (TCE) uma denúncia sobre o caso, pedindo o afastamento de Pinheiro da presidência, por prática de improbidade. Pinheiro nega as acusações.