ANDRÉA HADDAD
Senador em exercício na vaga de Blairo Maggi, o ex-secretário de Estado Aparecido dos Santos, o Cidinho, admite o descontentamento com a cúpula republicana, motivo que o levou a consultar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para avaliar a possibilidade de trocar de partido sem incorrer em infidelidade partidária. A decisão foi tomada junto com Maggi e o segundo suplente, Rodrigues Palma.
Cidinho pondera que, apesar da consulta, ainda não há oficialmente disposição em trocar de partido. “Foi feita uma consulta, em termos gerais, ao TSE, para esclarecimento sobre as possibilidades de alteração do partido sem que seja colocado em risco o mandato parlamentar. Não há, portanto, decisão manifestada em deixar o Partido da República (PR)”, esclarece o senador, em nota enviada pela assessoria.
Ao mesmo tempo, porém, o republicano demonstra insatisfação com a convenção nacional do partido realizada para a renovação dos mandatos de Alfredo Nascimento (AM) e do deputado federal Valdemar da Costa Neto (SP). “Evento para o qual não foram convidados Cidinho, nem mesmo Maggi, que lideram a bancada do PR do Senado. [Também não foram convidados deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e membros dos diretórios regional e municipal]”, diz outro trecho da nota.
Ao final, ele critica a falta de participação de todos os membros do PR do processo de escolha dos líderes do partido pelos próximos quatro anos. “Entendemos ser de suma importância que todos os membros da agremiação participem – e por isso, estejam a par – da eleição daqueles que irão liderar o partido. Fato este que não foi considerado na convenção nacional estabelecida para a escolha dos nomes que iriam liderar o PR pelos próximos quatro anos”.
Embora não declare oficialmente, Cidinho avalia com Maggi e Palma a possibilidade de migrar para o PMDB, do vice-presidente da República Michel Temer e do governador Silval Barbosa.