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Cuiabá, 19 de Maio de 2025
19 de Maio de 2025

13 de Dezembro de 2012, 11h:01 - A | A

POLÍTICA / TENSÃO EM SUIÁ-MISSÚ

Deputados pressionam Silval a defender produtores em Brasília

Os deputados Sebastão Rezende e Hermínio Jota Barreto, ambos do PR, referendaram as declarações de Riva, que classifica situação como injustiça

ANDRÉA HADDAD



Deputados estaduais retomam as críticas à desocupação da reserva indígena Suiá-Missú, em Alto da Boa Vista, e pressionam o governador Silval Barbosa (PMDB) a interceder em favor dos produtores rurais em audiência com a presidente Dilma Rousseff (PT), que tem o “poder da caneta” para revogar a homologação da área como de propriedade Xavante. “O Governo do Estado, por falta de vontade política, não interveio a tempo para impedir a retirada dos trabalhadores. Esta ação é uma grande injustiça”, criticou o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD).


Diante do conflito entre as forças nacionais e os posseiros, Riva não acredita que durmam tranquilos o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, Dilma e a presidentes da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marta Maria do Amaral Azevedo. Na avaliação do social-democrata, também não prosperaram as negociações entre Silval e o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). “Ao que parece, não deu em nada esta audiência. O governador precisa de uma reunião com a presidente, que tem o poder para revogar o decreto”, aponta o deputado.


Ele reforça que foi disponibilizada área entre o rio das Mortes e o Araguaia, no Parque Estadual do Araguaia, para que a população indígena de Suiá-Missú fosse transferida, mas a proposta não foi levada adiante. “Se o Estado tivesse preocupação com a comunidade indígena, teria aprovado o projeto para transferir à outra área”, diz Riva.


Os deputados Sebastão Rezende e Hermínio Jota Barreto, ambos do PR, referendaram as declarações do presidente da AL durante a sessão matutina desta quinta (13). Segundo eles, a maioria dos índios, especialmente os antigos, reconhece que Suiá-Missú não é a terra deles. “Já foi demonstrado que houve equívoco na demarcação da área indígena”, frisou Rezende.


Barreto alertou que o impasse também pode acontecer em outras regiões do Estado, onde há índios e posseiros. “Isto pode se alastrar. Nosso Estado tem dimensão continental”. Ele defendeu que os posseiros aumentem os pontos de bloqueios nas rodovias de acesso à área em protesto à desocupação. “E o governador precisa bater na mesa e dizer que quer a revogação do decreto”, defendeu.

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