PAULO COELHO
Da Reportagem
O Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa decidiu no início da noite desta terça-feira (22), que o deputado Emanuel Pinheiro (PR) segue como membro titular da CPI da Sonegação e dos Incentivos Fiscais.
A permanência chegou a ser questionada e colocada em dúvida, depois que o nome de Emanuel foi envolvido na Operação Sodoma, que levou à prisão o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e os ex-secretários de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf e e Fazenda, Marcel de Cursi.
Uma afirmação do delator da Operação, João Batista Rosa, confirmada em grampo, aponta que Pinheiro seria um apoiador de Silval na Assembleia e na CPI, no sentido de evitar a inclusão da empresa Tactor Parts, de propriedade de Rosa, em relatório parlamentar.
O empresário alega ter pago R$ 2,6 milhões em propina a Nadaf para obtenção de incentivos fiscais.
A revelação provocou um mal-estar na CPI e uma ampla reunião do Colégio de Líderes se tornou indispensável nessa terça.
Emanuel fez aos parlamentares presentes, uma demorada explanação. Em sua defesa, alegou inocência e disse que nunca houve reunião com Rosa, tal como sugeria texto “grampeado” no aplicativo Whats App, numa conversa entre Nadaf e Cursi.
“Nunca houve, sequer, reunião. Não sei a quem interessa me arrastar para essa lama, mas estou tranqüilo e me coloco à disposição de qualquer decisão soberana do colegiado”, apontou o republicano.
Ao final da reunião o presidente da Casa, Guilherme Maluf (PSDB) disse, em entrevista coletiva, que a maioria dos deputados do Colégio de Líderes entendeu que “não há fato concreto que justifique um afastamento de Emanuel”.
“Ele se posicionou aos deputados, se colocou à disposição da Assembleia, da CPI e até da Comissão de Ética da Casa, para prestar todas as informações necessárias e para ser investigado, se for o caso”, disse Maluf.
José Carlos do Pátio (Solidariedade), que preside a CPI, disse que respeita e que a maioria é soberana.
“Se engana quem acha que eu vou entregar os pontos, doa a quem doer vou seguir em frente”, disse direto da tribuna, fazendo menção, não a Pinheiro, mas às dificuldades que ele [presidente da CPI], estaria encontrando para investigar. Pátio culpou alguns deputados, como o próprio presidente da Casa, Maluf, o líder do governo Wilson Santos (PSDB) e Dilmar Dal Bosco (DEM), líder do bloco governista na Assembleia. Esses parlamentares não rebateram Pátio.
Para essa quarta-feira (23), está prevsta apenas reunião interna da CPI, onde os membros da Comissão votam requerimento a ser encaminhado à Justiça para que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que está preso em Cuiabá, justamente por suposto envolvimento num esquema criminoso de concessão de incentivos fiscais a empresas, seja ouvido na CPI.
leandro 22/09/2015
Esse não é um país serio mesmo! O cara tem a obrigação de sair apenas no caso de dúvidas a respeito da sua atuação. Mas não. bate o pé, fica. E ainda tem um monte de bobo da corte que avaliza a sua permanência. Avaliza, legitima. MAS NÃO MORALIZA A SUA PERMaNÊNCIA!!!!
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