PAULO COELHO
Da Reportagem
O que deveria ser motivo para comemorar está virando uma grande dor de cabeça para os poderes Legislativo e Executivo mato-grossenses.
É que a já anunciada devolução de R$ 30 milhões da Assembleia para o governo de Pedro Taques (PDT), resultado de uma suposta economia realizada pelo Parlamento, está enfrentando resistência entre os próprios deputados.
O anúncio foi feito pelo governador na última segunda-feira (06) durante uma solenidade no Palácio Paiaguás, mas teria pego os deputados de surpresa, incluindo os próprios membros da Mês Diretora que, admitem já ter discutido o assunto, mas que ainda não haviam fechado questão.
Tamanho desarranjo político esquentou os ânimos no plenário das deliberações da Assembleia, uma vez que grande dos deputados não concorda com a devolução, sem que essa decisão seja amplamente discutida pelo colegiado de lideres.
Para tentar apagar o fogo, Pedro Taques escalou o secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques para comparecer nessa quinta-feira, às 8 horas na Presidência da Assembleia Legislativa
Mais do que por mera vaidade, alguns dos deputados questionam a “sobra” de recursos do duodécimo da Casa, que recebe R$ 34 milhões de repasses legais por mês do executivo.
“Eu acho que se houve economia, temos que cuidar primeiro dos compromissos da Casa, como o pagamento de fornecedores que têm dividas a receber da Assembleia e, só depois disso então, é que poderia pensar em devolver dinheiro para o governo.”, ressaltou o deputado José Carlos do Pátio (SDD).
Já o pedetista Leonardo Albuquerque foi ainda mais além e incluiu no rol de prioridades, os servidores demitidos da Assembleia nos últimos meses, por conta da reforma administrativa promovida pela atual Mesa Diretora.
“Se deve, tem que pagar esses servidores que foram desligados da Casa e somente depois de tudo isso acertado é que se devolve dinheiro”, disse Dr. Leonardo.
Já para Emanuel Pinheiro (PT), a situação é ainda mais complicada. Ele acha que a devolução não ocorrerá, devido à falta de entendimento entre Mesa Diretora e deputados e a dúvida quanto à origem desses recursos.
“O próprio presidente me falou que o governador ligou pra ele pedindo desculpas pela forma equivocada que foi anunciado isso. Pelo que estou vendo não haverá essa devolução, a menos que isso seja explicado direito e quem pode explicar isso é o presidente e o primeiro secretário”, apontou Pinheiro.
O presidente Guilherme Maluf (PSDB) tentou, mais uma vez, explicar sobre a possível devolução. Ele reafirmou que haverá um debate profundo sobre o assunto com os deputados e que a Assemblleia somente poderá devolver caso haja excesso de arrecadação, repasse do FEX [Fundo de Exportação] e êxito no Mutirão Fiscal, o que segundo ele, refletiria diretamente no orçamento do legislativo.
Paulo Taques tentará salvar a ideia (anúncio) do governador, mas para isso terá que admitir que houve precipitação de Pedro Taques. Outro fator que deve ser discutido é que, caso realmente fique definida a devolução dos R$ 30 milhões, onde exatamente o dinheiro será aplicado?
HELBER FIGUEIREDO SERROU BARBOSA 09/07/2015
Com isso, concluimos que o povo sempre está em último lugar!! Em primeiro a vaidade partidária e interesses próprios!! Esse é o tipo de "políticos" que temos.
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