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Cuiabá, 13 de Setembro de 2025
13 de Setembro de 2025

07 de Março de 2015, 13h:01 - A | A

POLÍTICA / PLEBISCITO DO VLT X BRT

Deputado diz que população já está pagando pelo ônus do VLT inacabado

O plebiscito deve ser bancado em 70% pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e 30% pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO



Autor da proposta que cria um plebiscito em Cuiabá e Várzea Grande para que a população escolha entre VLT ou BRT, o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) afirmou que não faz ideia de como suprir o desfalque de R$ 1,477 bilhão que já foi investido na compra de material rodante do metrô de superfície.

Caso o plesbicito demonstre que a população prefira o BRT, Emanuel admite que o ônus da compra milionária e inacabada deve ficar com a população.

As obras do VLT estão paradas desde dezembro, no final do governo passado, de Silval Barbosa (PMDB). O Consórcio ainda reivindica mais R$ 800 milhões para finalizar o empreendimento.

“Eu não sei o que vai ser, e nem a definição. O assunto é tão complexo e é tanto dinheiro envolvido que não pode ficar só ‘nos ombros’ do governador. Existe um contrato, mas o ônus já está com a população. Se colocar mais um milhão vai dar certo? O próprio governador [Pedro Taques] disse que não sabe se vai dar certo colocar o VLT. E se colocar o dinheiro todo e der errado?”, questionou ele.

O plebiscito deve ser bancado em 70% pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e 30% pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), e segundo Emanuel Pinheiro, nenhum centavo sairá do bolso do contribuinte. A consulta popular terá uma campanha de 30 dias, com duas frentes formadas por técnicos que explicarão em meios de comunicação cada modal e seu funcionamento.

Dos 24 deputados, 12 assinaram o requerimento que cria o plebiscito, mas que ainda não foi votado em plenário. Os demais fazem críticas à proposta por acreditarem que não é prudente retroceder da implantação do VLT, mas o ideal é dar sequências às obras, respeitando o contrato firmado com o Consórcio VLT-Cuiabá.

“Recebo críticas com naturalidade. A Assembleia está dividida nesse momento e não sou o senhor da razão, são ideias pra serem discutidas. Queremos ajudar o Taques a decidir. O governador não sabe o que fazer com o ‘abacaxi’ que está na mão dele, o problemão que ele mesmo vem divulgando na imprensa”, completou ele.

"ABACAXI" PARA DESCASCAR

Em recente entrevista, o secretário Gustavo Oliveira, do Gabinete de Projetos Estratégicos, disse que as obras serão retomadas no final de março, mas que o Governo pensa em repassar o VLT à iniciativa privada, o que vai determinar se ele será o melhor modal de operação para conforto do usuário e a menor tarifa.

Outro ponto questionado sobre o VLT é o preço da tarifa, que pode chegar a custas R$ 10, valor considerado impraticável no transporte público. O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, afirmou que o Estado já contratou um estudo de viabilidade para analisar a situação

“O que queremos saber, de forma bem popular, é se compensa ou não compensa finalizar o VLT. Não podemos ter medo desta lógica de mudar o modal, embora estejam querendo demonizar esta saída”, disse em recente entrevista o primo do governador.

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