Cursi diz que Governo está "economizando" e culpa Governo Federal

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Cursi reclama do governo federal por cortes em repasses

DA REDAÇÃO

O secretário de Fazenda de Mato Grosso, Marcel de Souza de Cursi, e sua equipe econômica estiveram na Assembleia Legislativa detalhando à Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária as metas fiscais do Governo realizadas de janeiro a agosto de 2013.

De acordo com o secretário, em 2013 o Estado está fazendo o dever de casa e mantendo as receitas e despesas em equilíbrio. Mas segundo Marcel Cursi, o desajuste está nos repasses do Governo Federal que já chegam a menos 7% nesse período.

“Em 2013, a contenção de despesa  feita pelo Governo chega a 25% do total da receita prevista. Isso se deve porque o Estado só gasta o que arrecada. Estamos fazendo o dever de casa, por isso o cenário para 2014 é favorável se comparado com a de outros Estados brasileiros.”, explicou Marcel Cursi.

De janeiro a abril de 2013, a receita total realizada foi de R$ 4.605 bilhões. Esse montante foi menos 2% se comparado com a receita prevista pelo governo. Mas em comparação entre a receita anual, a variação nominal foi de 21,2%.

Em 2012, por exemplo, a receita foi de R$ 3,798 bilhões e, em 2013 a receita chegou a 4.605 bilhões. Em relação ao comparativo anual das transferências federais realizadas entre os meses de janeiro a abril de 2013 foi de R$ 1,061 bilhão.

No ano passado esse montante foi de R$ 1,006 bilhão. O incremento de receita foi de 5,4%. O maior volume foi para o Fundo de Participação do Estado – FPE – R$ 529 milhões.

Em abril, por exemplo, a variação do estoque da dívida chegou a R$ 4,675 bilhões. Já o pagamento da divida pública – de janeiro a abril – foi da ordem de R$ 212,7 milhões. Com juros e encargo da divida foram desembolsados R$ 95,7 milhões, com a amortização da divida outros R$ 117,1 milhões. A despesa com todos os Poderes – divida com pessoal – foi de R$ 5,006 bilhões.

Os gastos com o desenvolvimento do ensino – de janeiro a abril – o governo aplicou 25,9% para a manutenção do ensino. Já com a aplicação da saúde investiu 14,06%, bem acima do teto constitucional que é de 12%.

Para o presidente da Comissão de Fiscalização, José Domingos Fraga (PSD), o governo do estado gasta mal os recursos arrecadados por meio de impostos. “Infelizmente, esse mal é um problema de todos os governos brasileiros”, disse Domingos. Além do vice-presidente, deputado Wagner Ramos (PR), a comissão é formada pelos membros titulares: João Malheiros (PR), Baiano Filho (PMDB) e Antonio Azambuja (PP). Suplentes: Pedro Satélite (PSD), Mauro Savi (PR), Zeca Viana (PDT), Guilherme Maluf (PSDB)e Nininho (PR).