RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
"Estou isolado, sem acesso a informação, computadores foram apreendidos e não tive acesso aos autos, por isso vou exercer meu o direito ao silêncio". Esta foi a resposta do ex-secretário de Estado de Fazenda, Marcel de Cursi, durante o seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal, na tarde desta quinta-feira (15), na Assembleia Legislativa.
"Vou falar apenas nos autos. É muito grave o que dizem a meu respeito. Infelizmente vou deixar de responder a todas essas perguntas. Gostaria de colaborar com a CPI, mas esse não é o momento", concluiu Cursi.
Marcel chegou com forte esquema de segurança situação bem diferente do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que foi escoltado por policiais à paisana. Abatido, ficou todo o tempo sem olhar para os jornalistas que acompanhavam a sessão em plenário.
O ex-secretário só voltou a se manifestar ao final da audiência reafirmando seu posicionamento. "Vou falar apenas nos autos. É muito grave o que dizem a meu respeito. Infelizmente vou deixar de responder a todas essas perguntas. Gostaria de colaborar com a CPI, mas esse não é o momento", concluiu Cursi.
Marcel chegou com forte esquema de segurança. Abatido, ficou todo o tempo sem olhar para os jornalistas que acompanhavam a sessão
O presidente da CPI, Zé Carlos do Pátio (SDD) afirma que o silêncio do ex-secretário não atrapalha as investigações. “Este era o momento para ele se defender, mas a Comissão está trabalhando com uma grande quantidade de documentos que nos ampara para continuar investigando”, respondeu Pátio.
A Comissão está há mais de 180 dias investigando a ‘farra’ dos incentivos fiscais no governo Silval Barbosa. Desde então, a CPI conseguiu montar uma lista de empresas beneficiárias que não se enquadravam no Programa de Desenvolvimento da Indústria e Comércio (Prodeic) ou até mesmo que não passaram pelo conselho que avaliava.
É exatamente por esse motivo que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e seus ex-secretários Pedro Nadaf, (Indústria e Comércio, Fazenda e Casa Civil) e Marcel Cursi (Fazenda) estão presos há um mês. Eles foram detidos preventivamente na “Operação Sodoma”, da Polícia Civil, após a deleção do dono da Tractor Parts, João Batista Rosa, afirmar que pagou R$ 2,6 milhões em propina em troca dos benefícios fiscais.
PRÓXIMA ETAPA
Os depoimentos com os empresários devem ocorrer na próxima semana, porém as audiências podem ser sigilosas, isso significa, longe da imprensa.
vlademir sacal 16/10/2015
Porque sigilosas, cade a transparência. iiiiiiiiiiiiiiiiiii já começou.Para com isso, eu quero saber também.QUE ISSO! Senhores.
1 comentários