MAYARA MICHELS 11h10
DA REDAÇÃO
O presidente do Diretório Regional do PR em Mato Grosso, deputado federal Wellington Fagundes, afirmou nesta quinta-feira (7), que a polêmica envolvendo o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), que está de "férias", afastado e supostamente demitido do cargo, Luiz Antônio Pagot, está prejudicando Mato Grosso no curto prazo.
Segundo Fagundes, licitações para obras de duplicação e de mobilidade urbana seriam lançadas nos próximos dias, porém, foram suspensas. "Essas obras teriam que serem iniciadas logo, mas agora irão atrasar. Esperamos que logo seja resolvido e se, um novo diretor assumir, torceremos para que o mesmo continue ajudando Mato Grosso", afirmou.
O Ministro de Estado dos Transportes, Alfredo Nascimento, determinou a suspensão de todos os procedimentos licitatórios de projetos, obras e serviços de engenharia em curso, bem como de aditivos com impacto financeiro, pelo prazo de 30 dias. Além disso, pediu a substituição de Luiz Antônio Pagot por José Sadok de Sá.
Além de acreditar que Pagot retoma o cargo em 30 dias, Fagundes não acredita que as denúncias apontadas pela Revista Veja, na semana passada, possam abalar o Partido da República. O presidente acredita também que se em último caso for trocado o diretor do Dnit, o novo, continuará dando sequencia nas obras de infraestrutura em Mato Grosso.
Mesmo sabendo que Mato Grosso tem pouca representatividade política, contando com apenas dez representantes em nível federal, Fagundes afirma que o estado irá sofrer momentaneamente. "Temos muitas obras a serem feitas, principalmente as de mobilidade urbana que nos trarão a Copa de 2014. Devido a isto, acredito que não teremos problemas futuros, o Dnit irá olhar para o nosso Estado", afirmou.
Licitações que somam quase R$ 400 milhões estão paradas por conta do escândalo federal.
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