RAFAEL DE SOUSA
REDAÇÃO
Parada há quase três meses, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa do Mundo de 2014, o deputado Oscar Bezerra (PSB), afirmou ao que os trabalhos de investigação serão retomados aos poucos a partir desta segunda-feira (17), após a Assembleia Legislativa (ALMT) ter firmado o convênio com a Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) para auxiliar os parlamentares na função técnica.
Oscar pretende fazer uma acareação entre os ex-secretários da Secopa, já que Éder Moraes quando foi sabatinado acusou Guimarães de cometer as irregularidades no período em que esteve à frente da pasta.
A comissão esta parada desde que a CLS Assessoria e Consultoria Ltda, responsável pela perícia em documentos e contratações da Copa, teve seu contrato rescindido com a Assembleia, a pedido do Ministério Público Estadual, após suspeitas de ser uma empresa de ‘fachada’.
Mesmo com a volta das funções, ainda não há previsão de quando o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e os ex-secretários da Copa, Maurício Guimarães e Éder Moraes vão depor. “Nesta terça-feira iremos nos reunir com os membros para primeiro aprovar o sumário, é ele quem nos dá o delineamento das oitivas. Por enquanto não há como prevê a data destes depoimentos”, informou o presidente.
Mesmo com a volta das funções, ainda não há previsão de quando o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e os ex-secretários da Copa, Maurício Guimarães e Éder Moraes vão depor.
Oscar revelou ainda que depois de colher o depoimento de Maurício Guimarães, também pretende fazer uma acareação entre os ex-secretários, já que Éder Moraes quando foi sabatinado, acusou Guimarães de cometer as irregularidades no período em que esteve à frente da Secretária Extraordinária da Copa (Secopa). “Ele jogou toda a culpa dos problemas para o secretário que o substituiu, então vamos ouvir o Maurício e depois colocar os dois frente a frente para saber quem está falando a verdade”, decidiu o parlamentar.
A CPI terá mais facilidade em ouvir, novamente, Eder, que esteve preso no Centro de Custódia de Cuiabá por 136 dias, após o ex-secretário conseguir a liberdade por autorização do Supremo Tribunal Federal na última quinta-feira (14), sendo assim, não haverá a necessidade de solicitar a liberação por meio judicial.
A comissão só conseguiu retomar as investigações depois do desabafo na tribuna, do presidente Oscar Bezerra, no início de agosto, sobre um pedido dos deputados Emanuel Pinheiro (PR) e Eduardo Botelho (PSB) para adiantar a convocação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), juntamente com o Consórcio VLT para prestar esclarecimentos ao Parlamento. Bezerra disse que a CPI sofria retaliações e desrespeito dentro da ALMT.