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Cuiabá, 11 de Setembro de 2025
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22 de Agosto de 2013, 17h:49 - A | A

POLÍTICA / TROCO DE MENDES

Base do prefeito cria três CPIs para investigar João Emanuel

Denúncias dão conta de quem João Emanuel teria autorizado venda ilegal de terrenos públicos. Vereadores também querem saber sobre processos internos da Casa, que não estariam sendo cumpridos.

RENAN MARCEL



Os vereadores da base aliada do prefeito Mauro Mendes (PSB) pretendem fazer o "feitiço virar contra o feiticeiro", como diz o ditado popular. Nessa quinta-feira feira (22), eles protocolaram pedidos de instauração de três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) que devem investigar o presidente da Câmara Municipal, João Emanuel (PSD).

Segundo o líder de Mendes na Casa, vereador Leonardo Oliveira (PTB), os governistas querem investigar uma alteração na emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de autoria do vereador Oséias Machado (PSC). O texto limitava o remanejamento de recursos dentro das secretarias. A proposta original era uma redução de 20% para 5%. O texto foi enviado ao Executivo com valor limite de 0,5% e o prefeito vetou-o. Os parlamentares desconfiam de que a alteração tenha sido feita depois da votação da LDO, que foi aprovada com 28 emendas. A atuação da Mesa Diretora deve ser questionada nesta CPI.

Outra questão a ser investigada, ainda segundo Oliveira, é a respeito da lei de ocupação do solo, proposta por João Emanuel. Leonardo Oliveira e os demais vereadores questionam o cumprimento do protocolo, de acordo com o regimento. "As informações são de que o projeto não cumpriu o protocolo. Mas a Mesa nega. Então queremos saber se recebeu, quem recebeu e quando recebeu. O prefeito teria vetado o projeto sem o protocolo?", disse.

João Emanuel deve ser investigado também pelo tempo em que exerceu o cargo de secretário de Habitação nas gestões de Wilson Santos (PSDB) e Chico Galindo (PTB). Os vereadores teriam conhecimento de documentos que comprovam a venda de terrenos públicos no bairro Doutor Fábio, com a autorização de João Emanuel. No mês de junho, os moradores do bairro protagonizaram uma revolta quando a Prefeitura anunciou a intenção de despejo das famílias, já que os terrenos eram públicos. A questão foi resolvida com o recuo de Mendes, que mandou realizar um estudo socioeconômico na região e solicitou auxílio do Gaeco e do Ministério Público para investigar a venda ilegal.

Cinco CPIs

Com o pedido dessas três CPI, que ainda precisam receber as nove assinaturas necessárias para serem oficialmente criadas, a Câmara passa a ter cinco comissões, o número máximo permitido pelo regimento interno da Casa. As outras duas investigam a polêmica licitação de aluguel dos Maquinários para o programa Novos Caminhos e os serviços da CAB- Ambiental, que também aguarda a criação oficial.

Veja nos links abaixo os requerimentos para a criação das CPIs:

CPI da LDO

CPI da Grilagem 

CPI do Processo Legislativo

 

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