ANDRÉA HADDAD
O polêmico Gilmar Fábris (PSD) retorna na sessão vespertina desta quarta (12) à Assembleia Legislativa. Suplente da coligação formada por DEM, PSDB e PTB, Fabris vai substituir o tucano Guilherme Maluf. Fabris é acusado de envolvimento no escândalo do desvio de R$ 18 milhões da Conta Única do Estado para pagamento de cartas de crédito.
O pedido de licença de Maluf, por 121 dias, foi aprovado na sessão matutina desta quarta. Candidato derrotado ainda no primeiro turno à Prefeitura de Cuiabá, o tucano vai se ausentar do Legislativo no momento em que a Casa inicia os debates sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2013, estimada em R$ 12,8 bilhões, montante 11,7% superior ao deste ano.
Do mesmo partido de Fabris, Zé Domingos Fraga subiu à tribuna nesta terça (11) para reclamar de R$ 1 bilhão em receitas vinculadas previstas na LOA. Na avaliação do parlamentar, o orçamento parece ter sido majorado, mas não haverá recursos suficientes para investimentos nos municípios.
Zé Domingos também reclamou da metodologia usada na concessão de incentivos fiscais que, segundo ele, chega a R$ 1 bilhão, e dos 45 fundos estaduais. Para ele, as verbas deveriam ficar à disposição para investimentos em outros órgãos e municípios com necessidade.
Fora o orçamento, o PSD também se articula para retornar ao primeiro escalão do governador Silval Barbosa (PMDB). O partido está em negociação. Com a volta de Fabris à Assembleia, as discussões sobre cargos e recursos devem ser intensificadas.
CARTAS MARCADAS
A Delegacia Fazendária desbaratou o esquema que desviava dinheiro da Conta única do Estado, no final do ano passado. A Defaz chegou a prender um cunhado de Gilmar Fabris, que mora em Ribeirão Preto (SP).
O telejornal MTTV, da TVCA exibiu, na época, reportagem mostrando uma fazenda em nome da esposa de Gilmar, no valor de R$ 48 milhões, na cidade de Sertãozinho, interior de SP.
A operação “Cartas Marcadas”, apura crimes contra a administração pública, estelionato, fraude processual, peculato, corrupção e formação de quadrilha, envolvendo o pagamento de certidão de cartas de créditos de um grupo de agentes fazendários.
O parlamentar negou que a compra da fazenda, no interior paulista, seja uma forma de "lavar" dinheiro . Ele definiu o episódio como uma ‘briga de egos’, e chamou o auditor-geral do Estado, José Alves Filho, de "trapalhão". “Tem muita disputa de ego nos órgãos públicos e para ninguém admitir que errou, deixaram estourar a bomba para ver até onde iria", disse o deputado.
Alexandre furia 13/12/2012
Que estado esse nosso!! Nada e ninguém se atreve a fazer algo.Uma vergonha,qualquer estado onde tenha gente seria esse gordo há estaria preso.
PAULO 13/12/2012
É BEM MATO GRSSO..TERRA SEM LEI E TERRA DE NINGUÉ.. CONCORDO COM O ALEXANDRE
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