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Cuiabá, 12 de Outubro de 2024
12 de Outubro de 2024

05 de Outubro de 2014, 06h:00 - A | A

POLÍTICA / HORA DO VOTO

2 milhões de eleitores vão às urnas eleger hoje o novo governador de MT

A eleição começa a partir das 8h e termina às 17h. A totalização dos votos vai ser feita no Centro de Eventos do Pantanal pelo Tribunal Regional Eleitoral. O novo governador deve ser conhecido até as 22h deste domingo.

ABDALLA ZAROUR
DA REDAÇÃO



2.189.703  milhões de eleitores de Mato Grosso elegem neste domingo (5) o próximo governador do Estado. O novo chefe do executivo vai substituir Silval Barbosa (PMDB) na cadeira do Palácio Paiaguás.

A eleição começa a partir das 8h e termina às 17h. A totalização dos votos vai ser feita no Centro de Eventos do Pantanal pelo Tribunal Regional Eleitoral. O novo governador deve ser conhecido até as 22h deste domingo.

Nas urnas eletrônicas, os eleitores vão decidir se votam em Pedro Taques (PDT), Lúdio Cabral (PT), Janete Riva (PSD) ou José Roberto de Freitas (PSOL). Durante toda a campanha, o senador Pedro Taques do PDT liderou as pesquisas de intenções de votos.

Em algumas, Taques é apontado como vitorioso já no primeiro turno. Em outras, Taques deve ir para o segundo turno com o petista Lúdio Cabral. Dentro de todas as pesquisas divulgadas, o número de eleitores indecisos é grande e pode de alguma forma mudar ou manter o rumo das eleições para o governo. 

Ao todo, 465 candidatos conseguiram registro junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso e disputam 35 vagas sendo elas: governo, uma pra senado, 24 para Assembleia Legislativa e 8 para a Câmara Federal.

ELEITORES DE MATO GROSSO 

No estado, 1.095.661 são eleitores do sexo masculino, já os do sexo feminino somam 1.093.447. A maior concentração de eleitores, tanto no masculino como no feminino, está entre 25 e 59 anos, que significa quase 69% do eleitorado. O número total de eleitores em Mato Gross é de 2.189.703. 

O QUE PODE E O QUE NÃO PODE

A decisão de proibir a comercialização de bebida alcoólica nos dias de votação é do estado, mas, independentemente disso, o eleitor pode ser barrado pelo presidente da seção eleitoral se apresentar sinais de embriaguez.

O voto é obrigatório no Brasil e quem não puder comparecer à urna deve justificar a ausência à Justiça Eleitoral. O eleitor pode procurar qualquer seção eleitoral na cidade em que estiver para preencher o requerimento de justificativa eleitoral. É necessário levar documento de identificação com foto. 

Considerados inseparáveis por muitos eleitores, smartphones, tablets, câmeras digitais e aparelhos de MP3 não podem ser levados para a cabine de votação, devendo ficar com os mesários.

Quem oferece ônibus, vans ou até mesmo barcos de graça para que o eleitor possa chegar até a seção eleitoral está cometendo um crime. O transporte de eleitores da zona rural, que moram distante do ponto de votação, só pode ser feito pela Justiça Eleitoral e em veículos identificados.

No dia de votação, muita gente vai às ruas e as seções eleitorais ficam cheias. Para combater os abusos, a fiscalização fica de prontidão. Se duas pessoas se reúnem em uma praça pública com camisas de candidatos e bandeiras, estão cometendo uma infração. Em dia de eleição, é proibida a aglomeração de pessoas com roupas padronizadas e material de propaganda até o encerramento da votação, às 17h. 

A lei que estabelece as normas das eleições autoriza o eleitor a se manifestar de maneira individual e silenciosa, seja com uso de broches, símbolos do partido ou candidato, adesivos ou bandeiras. Não é permitido, porém, distribuir material de campanha.

Qualquer tipo de propaganda eleitoral no dia de votação é proibido. Quem estiver distribuindo santinhos, adesivos e broches está cometendo uma infração. Esse tipo de material só pode ser fornecido até às 22h do dia que antecede a eleição. (Com G1)

OS CANDIDATOS AO GOVERNO 

PEDRO TAQUES

José Pedro Gonçalves Taques, ou simplesmente Pedro Taques (PDT), nasceu no dia 15 de março de 1968, em Cuiabá. Ele é professor de Direito Constitucional e é Ex-procurador da República.

Em 2010, se afasta do Ministério Público e se filia ao PDT para disputar uma das duas vagas ao Senado Federal. É eleito com 708 402 votos juntamente com Blairo Maggi do PR.

Taques lidera a corrida ao governo do Estado em todas as pesquisas de intenção de votos.  

LÚDIO CABRAL

Lúdio Frank Cabral é candidato ao cargo de Governador do Mato Grosso pelo PT.

Ele é natural de Cachoeira Alta, Goiás, Lúdio Cabral nasceu em 1971 e é formado em Medicina. Iniciou sua carreira política em 2004, quando foi eleito vereador da capital mato-grossense de Cuiabá e reeleito logo a seguir.

Em 2012, concorreu a uma vaga na Prefeitura de Cuiabá, terminando derrotado no segundo turno com pouco menos da metade dos votos, o equivalente a 45,5%.

Lúdio Cabral, segundo as pesquisas, ocupa o segundo lugar na preferência do eleitorado.

Em 2004 foi eleito Vereador de Cuiabá (MT), e reeleito em 2008.

JANETE RIVA 

Janete Gomes Riva (PSD) começou na vida pública aos 17 anos ao ser primeira dama de Juara. Janete entrou como candidata ao governo do Estado após o marido, o deputado José Riva (PSD) ter o registro indeferido pelo TSE.

Janete foi diretora do Instituto de Seguridade Social e Saúde do Servidor do Legislativo, por duas vezes foi Secretária de Recursos Humanos da Assembleia e por três vezes Coordenadora da Sala da Mulher, também da Assembleia, além de secretária de Cultura do Estado. Janete está sempre em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais.

JOSÉ ROBERTO DE FREITAS

José Roberto é candidato a Governador de Mato Grosso pelo Partido Socialismo e Liberdade. Ele tem 52 anos de idade e é natural de Paranaíba, Mato Grosso do Sul. José Roberto de Freitas Cavalcante é casado e é advogado.  O desempenho nas pesquisas eleitorais não é muito bom. José Roberto figura em último lugar nas intenções de votos.

DESAFIOS DO PRÓXIMO GOVERNANTE

O próximo sucessor de Silval Barbosa (PMDB) terá muito trabalho pela frente para colocar o trem nos trilhos, isso mesmo, um dos desafios do novo chefe do executivo é concluir as obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). A obra que já deveria estar pronta antes mesmo da realização da Copa do Mundo, em Cuiabá, só deve ser concluída na próxima gestão.

Além do VLT, o substituto de Silval Barbosa deve enfrentar outras obras problemáticas como o Elevado da Sefaz, a Trincheira do Santa Rosa, o Aeroporto Marechal Rondon e os Cots. O atual governo, mais uma vez profetiza, que deve terminar todas as 56 obras até dezembro deixando apenas o trem para o próximo gestor.

O próximo governador também terá a missão de, no ano que vem, tocar as obras do MT Integrado, que é o programa de asfaltamento para interligar municípios do interior do Estado. Ano que vem, os recursos do Fethab estarão 50% menores, já que a outra metade será destinada às prefeituras.

EDUCAÇÃO

Além das obras da Copa, o novo governador deve melhorar a Educação no Estado. O ensino médio apresentou queda de desempenho na meta proposta pelo Ministério da Educação (MEC) para ser alcançada em 2013. Segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), a pontuação média do ensino médio foi de 2,7 pontos, abaixo do índice alcançado na edição anterior, em 2011, que foi de 3,1 pontos, como também inferior à meta esperada pelo governo federal para este ano, de 3,1 pontos.

Gestão mal sucedida. O Ministério Público de Contas encontrou 61 irregularidades nas contas da Secretaria de Educação, sob o comando de Ságuas Moraes, candidato a deputado federal pelo PT. O ex- secretário foi condenado pelo TCE a devolver R$ 30,6 mil aos cofres públicos, que seriam referentes a juros e multas pelo pagamento atrasado de contas de energia da Secretaria. Das 61 irregularidades apontadas, o TCE manteve 25 e aprovou as contas do petista.

SAÚDE

Frase velha, mas a Saúde de Mato Grosso está na UTI. Este foi outro ponto de desgaste do atual governo nesta área tão delicada. A proposta de terceirizar a Saúde no Estado fracassou. As OSSs foram aprovadas pela Assembleia Legislativa e implantada pelo ex-deputado federal Pedro Henry,  quando  este foi secretário de Saúde de Silval.

Henry está preso e cumpre pena por decisão do Supremo Tribunal Federal por envolvimento no esquema do Mensalão. Após deixar a pasta, Henry jogou muita coisa no ventilador acusando o secretário substituto, Mauri Rodrigues, de desvio de verba pública.

De acordo com Henry, entre maio de 2012 e agosto de 2013, o Ministério da Saúde encaminhou aos cofres da Secretaria de Saúde do Estado o valor de R$ 38,2 milhões. O valor fazia parte de um convênio no valor de R$ 60 mi com o governo federal para investimento nos hospitais regionais de Sinop, Alta Floresta e Várzea Grande, o Metropolitano.

Em contrapartida, o Governo do Estado ficou responsável por enviar, também, R$ 16,3 mi de recursos próprios ao hospital de Sinop. A somatória dos valores destinados a este hospital (recursos federais e estaduais) chegaria aos R$ 54 mi. No entanto, segundo o documento do deputado mensaleiro, a unidade recebeu apenas R$ 17,2 mi durante o período citado. Dessa forma, a diferença entre os valores é aproximadamente R$ 37 milhões. 

Outra dor de cabeça na área da Sáude chama-se Farmácia de Alto Custo. A procuradora do Ministério Público Federal (MPF), Bianca Britto de Araújo, converteu o Procedimento Preparatório em Inquérito Civil para investigar irregularidades na compra e distribuição de medicamentos entregues pelo Ministério da Saúde à Secretaria de Estado de Mato Grosso. 

O inquérito tem como base o relatório final apresentado pela Auditoria Geral do Estado (AGE) sobre os serviços prestados pelo Instituto Pernambucano de Assistência Social (Ipas) na Farmácia de Alto Custo do Estado.

“Fizemos um levantamento de novembro de 2012 a abril de 2013. Constatamos várias irregularidades, tanto pelo Instituto Pernambucano (Ipas), quanto pela CAF. Fizemos nossa parte de auditoria, acredito que em posse destes dados, os responsáveis possam ser devidamente julgados”, explicou José Alves.

O levantamento da AGE, divulgado em 2013, apontou que o Instituto provocou um prejuízo no valor de R$ 4 milhões, no caso dos medicamentos vencidos. 

SEGURANÇA PÚBLICA

Com uma defasagem de quase 50% do efetivo da Polícia Militar, a Segurança Pública é outra área que vai precisar de atenção do próximo governador. Há mais de 20 anos, o efetivo da PM não sai dos 6.500 homens, quando o ideal minímo seria de 12 mil homens.

O alto indíce de homicídios em Cuiabá é de assustador. Somente no ano de 2014, os dados levantados até setembro mostram que Cuiabá e Várzea Grande registraram 336 homicídios. Em relação ao mesmo período do ano passado, o número chegou a 250 mortes.

O número de furtos e roubos também aumentou. Cuiabá teve 3.712 roubos e 6.565 furtos até agosto, totalizando 10.277 ocorrências. Em Várzea Grande, a situação também é muito delicada. São 2.148 roubos e 1.973 furtos, totalizando 4.121 ocorrências. 

O novo governo também deve melhorar a situação do efetivo na Polícia Civil, Bombeiros e o Gefron. 

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