Mais de 400 servidores do Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM) decidiram entrar em greve e a partir da próxima segunda-feira (4) a unidade fechará as portas, não aceitando a internação de novos pacientes. A paralisação será por tempo indeterminado e deverá manter o funcionamento com 30% dos funcionários na ativa. A maior reivindicação é por melhorias das condições de trabalho.
A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Mato Grosso (Sintuf) informou que já notificado a direção da unidade, a reitoria da UFMT e o Ministério Público Estadual. Antes de deflagrar a greve após ter formado uma comissão para discutir as inúmeras deficiências do hospital.
A coordenadora-geral do Sintuf, Ana Bernadete Almeida Nascimento, explica que, entre as reivindicações da categoria, está a escolha de um profissional para fiscalizar a distribuição dos plantões da equipe de enfermagem. “Pedimos ao MPE que venha alguém de fora, que seja neutro, para acompanhar a distribuição”.
Ela reclama que hoje existe uma má distribuição das equipes. “Há dias em que há muitos profissionais e em outros que faltam funcionários para atender a demanda”. A classe também cobra a imediata exoneração da atual responsável pelo setor de enfermagem, principalmente por ter promovido algumas mudanças a contragosto dos servidores, como, por exemplo, a destituição das chefias de enfermagem.
No entanto, os pacientes que hoje se encontram internados serão mantidos. Só não serão recebidos os próximos que buscarem atendimento. Também será mantido o atendimento laboratorial a idosos, crianças e pacientes de alto risco, além do laboratório de infectologia.
Cuiabá, 27 de Julho de 2024
