DA REDAÇÃO
A Operação “Pontes de Papel”, deflagrada na manhã desta terça-feira (6) pela Polícia Federal, cumpriu 59 mandados judiciais, sendo 31 intimações e 28 de busca e apreensão em Mato Grosso em outros quatro Estados.
Nesta operação, a PF apura um suposto esquema criminoso que desviava recursos públicos por meio de construções de pontes e rodovias do Governo de Tocantins.
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No entanto, segundo as investigações, de R$ 1,4 bilhão investido nas construções, pelo menos 30% podem ter sido desviados pelo grupo, o que representa um rombo de R$ 420 milhões aos cofres públicos.
Em Cuiabá, os agentes federais fizeram buscas para apreender documentos e mídia eletrônica. O nome dos locais onde ocorreu a apreensão não foi divulgado pela polícia.
Porém, cerca de 160 policiais participaram da Operação “Pontes de Papel” nos Estados de Tocantins, Goiás, Bahia, Mato Grosso, além do Distrito Federal.
A investigação começou depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) pediu para que a PF apurasse valores com suspeita de superfaturamento e ordens de pagamentos emitidas.
De acordo com o G1 Tocantins, as investigações mostram que nas fraudes havia o envolvimento de três núcleos, sendo um composto por políticos, outro por empresários e outro de servidores públicos e funcionários, incluindo membros da comissão de licitação, fiscais, diversos comissionados e funcionários de empresa.
O ex-governador Siqueira Campos (DEM) prestou depoimento nesta manhã de terça-feira. Já o atual governador Marcelo Miranda (MDB) e o pai Brito Miranda foram intimados a depor pela Polícia Federal.
“Pontes de Papel”
O nome da operação faz referência à construção de inúmeras pontes que não passaram de “papel”, tendo em vista a inexecução das obras.