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Cuiabá, 07 de Setembro de 2025
07 de Setembro de 2025

07 de Setembro de 2025, 10h:05 - A | A

POLÍCIA / CRIME MACABRO

Perna humana é encontrada em orla e perícia vai comparar com DNA de vítima deixada em mala

Polícia suspeita que perna seja da vítima que foi esquartejada e teve partes do corpo espalhadas por locais da capital gaúcha.

VANESSA ORTIZ
DO TERRA



Uma perna humana foi encontrada, na manhã desse sábado (6), na areia da orla de Ipanema, na zona sul de Porto Alegre (RS). Ao Terra, o delegado responsável pelo caso afirmou que é possível que seja da mesma vítima que teve restos mortais deixados na mala localizada na rodoviária e em outras regiões da cidade. O suspeito do crime está preso. 

“Possivelmente seja da mesma vítima do caso da mala da rodoviária em Porto Alegre. Agora, nós vamos seguir os trâmites oficiais de solicitação de perícias e aguardar os resultados, contudo, segundo as avaliações dos nossos investigadores, existe chance considerável de que essa perna seja da mesma vítima”, afirmou Mario Souza, Diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa do Rio Grande do Sul.

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A comparação genética entre os restos mortais será realizada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). Além disso, será realizada a comparação do DNA com amostras de outros familiares da vítima para se ter a confirmação oficial da identidade dela. A cabeça do corpo ainda não foi localizada pelas autoridades. 

As autoridades acreditam que a vítima seja uma mulher gaúcha, que mantinha um relacionamento com Ricardo Jardim, um publicitário de 65 anos, suspeito do crime. Ele foi preso preventivamente na manhã desta sexta-feira, 5. 

Dinâmica do crime

A mulher, que não teve a identidade revelada, foi morta no dia 9 de agosto. O delegado aponta que o suspeito abandonou as partes dos corpos em dias e locais diferentes, e deixou pistas falsas à polícia. Além disso, ele também fez denúncias falsas, numa tentativa de “controlar os passos” das autoridades.

A polícia explica a dinâmica em atos: no primeiro, ele abandona os braços, sem as mãos, e as pernas dentro de sacos de lixo em uma rua do bairro Santo Antônio, na capital do Estado, em um lugar ermo, no dia 13. Uma semana depois, no dia 20 de agosto, ele vai até a rodoviária de Porto Alegre, um local muito movimentado e com câmeras, onde deixa a mala com o tronco da namorada.

A princípio, a motivação do crime foi financeira, já que ele utilizou os cartões de crédito da vítima, tentando movimentar a conta bancária dela. No local onde ele foi preso, as autoridades apreenderam celulares, sendo um deles da vítima, um notebook, documentos falsos, cartões de crédito da vítima e roupas que ele usou quando abandonou a mala na rodoviária. Os policiais destacaram que Jardim é “frio”.

Condenado por matar e concretar a mãe

Este não é o primeiro crime violento atribuído a Ricardo. Em 2015, ele matou a própria mãe e ocultou o corpo em um armário, onde a concretou. Condenado a 28 anos de prisão em 2018, cumpriu parte da pena em regime fechado, mas progrediu ao semiaberto em janeiro de 2024. 

Por falta de tornozeleiras eletrônicas, foi transferido para a prisão domiciliar. Em abril do mesmo ano, deixou de se apresentar às autoridades e foi declarado foragido.O mandado de prisão que determinava seu retorno ao regime fechado só foi expedido em fevereiro de 2025, meses antes do feminicídio.

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